Manuel estava revoltado. Já fazia um mês que Anahí tinha fugido e não sabia mais onde procurar.
__ Quando encontrar essa infeliz vou matá-la a sangue frio.-prometeu-
Ele já tinha ido ate a casa do tio dela com a esperança que ela estivesse lá e nada. Agora não tinha ninguém pra lavar e passar suas roupas, fazer sua comida e nem para arrumar sua casa. Mas tinha certeza que um dia a encontraria.
__ Não cuidou direito de sua mulher, Manuel. -Riu- agora fique sozinho.
__ Eu vou encontra-la, não paguei por ela a toa. -bebeu a cachaça de uma vez só-
__ Você sabe que não tem nenhum direito por ela. Nem casados de verdade vocês são.
__ Mas ela pensa que somos.
O tio de Anahí deu de ombros.
__ A essa hora ela deve estar morta, talvez até enterrada como indigente. Como ela iria sobreviver na rua? Esquece ela e arruma outra trouxa.
__ De jeito nenhum. Vou encontrar essa mulher e matar de tanta porrada! -Bebeu outra dose e bateu com o copo na mesa-
Manuel estava obcecado por encontrar Anahí. Ele ia conseguir, nem que fosse a última coisa que fizesse na vida.
Ao menos ele pensava assim.
****
Anahí estava entediada, não tinha nada para fazer naquela casa, Alfonso queria que ela só ficasse de repouso, mas já estava muito chato. Quando Ana levou seu almoço, ela teve uma idéia.
__ Ana, aqui tem lã? -Perguntou aninada- quero fazer umas roupinhas para meu filho.
__ Hum...-pensou- acho que não! Mas posso sair para comprar. Eu adoro fazer roupinhas também.
__ Então você pode comprar? -Ana assentiu- serei muito grata. Eu quero me distrair um pouco. Trás azul, amarelo, verde...
__ Sim, vou comprar! Vou comprar agulhas também.
__ Isso. Muito obrigada! -sorriu-
__ Agora coma sua comida. Até daqui a pouco.
Isso deu um pouco de ânimo a Anahí, só assim para ter algo que fazer.
"****
Mesmo Anahí tendo contado sua história a ele, Alfonso contratou um detetive para investigar a vida de Anahí.
__ Anahí Puente Portilla.
__ Anotei. Data de nascimento...
Alfonso deu os dados de Anahí para o detetive. Assim ele poderia encontrar Manuel e manda- lo para prisão. Ele não queria que ela vivesse com medo do marido. Iria usar sua influência para deixá-lo preso.
Pobre mulher, pensava ele. Tinha que viver a mercê de um canalha como Aquele. Se dependesse dele, Manuel nunca mais encostaria um dedo nela.
Anahí estava muito feliz por estar fazendo roupas para seu filho. Agora ela começava a fazer uma touquinha verde água, se sentia tão feliz. Imaginava ele tão pequeno com a touca.
Alfonso ainda não tinha chegado em casa, ela ansiava para que ele chegasse logo para mostrar o que estava fazendo. Enquanto isso ela também pensava se deixava Alfonso registrar seu filho, mas mesmo se aceitasse como seria possível já que era casada? Talvez pudesse entrar com o divórcio, mas assim teria de encontrar com o marido, mas se não, ele com certeza ia descobrir onde ela estava.
Seria bom seu filho ter um pai como ele. Ia amar e nada ia faltar. Ela queria poder fazer isso, mas será que era correto?
Afundada em devaneios, ela não viu que Alfonso a observava. Ele então fez um barulho com a boca para que ela o percebesse.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Uma Nova Vida
FanfictionAnahí tinha uma vida difícil, sofrida. Teve que morar com seu tio quando sua mãe veio a falecer. O tio fazia ela trabalhar em seu bar até a exaustão, até que resolveu que ela tinha que casar com um homem que frequentava o lugar. Foi obrigada a...