Capítulo 6

497 28 3
                                        

Passou uma semana depois do beijo que Alfonso e Anahí tinha trocado.  Ele não esqueceu o beijo, mas estava evitando ficar perto dela, tinha muito medo que ela voltasse atrás de sua decisão. Sempre a via de longe, agora todos os dias ela entrava na piscina para se refrescar.  Ele já estava comprando muitas coisas para seu filho, o quartinho ia ser decorado, seria um quarto ao lado da mãe.

Teve que sair,  pois o detetive já tinha notícias sobre Anahí, ele estava ansioso para saber tudo que ele descobrira.

Apertou a mão do detetive e se sentou, já que se encontraram em um restaurante discreto.

__ Então...o que descobriu?!

__ Anahí não é casada! Não tem registro de nenhum casamento.

__ Mas como?  -Alfonso ficou confuso-  Acho que fizeram ela pensar que estava casando.

__ Meu Deus! Que perversidade.

Alfonso sentiu a raiva subir até sua cabeça. Como existiam pessoas assim. A mulher era aterrorizada pensando que o homem tinha algum direito sobre ela, mas ele não tinha nenhum e ainda a tinha estuprado.  Poderia ir para cadeia. Uma mulher tão linda teve que ficar a mercê de um homem daquele. Era muito triste.

__ Obrigado! Vou descobrir o nome dele e do tio dela, quero saber mais dessa história.

Em casa, no escritório,  ele andava de um lado para o outro. Não sabia se ela ia ficar feliz ou triste com a notícia.

Ele foi até o quarto dela, bateu na porta. Ela mandou que entrasse.

__ Oi, Anahí!

__ Oi. -disse timidamente- 

__ Descobrir algo sobre você e tenho que te contar.

__ Fala. -Preocupada- alguma coisa com o bebê? 

__ Não.  Se você continuar de repouso o bebê ficará bem.

Ela assentiu.

__ Então fala.

__ Você não é casada,  Anahí! 

Ela franziu a testa. Pensou que ele so podia estar doido.

__ Claro que sou! Um padre realizou a cerimônia.  -disse com convicção-  depois assinei uns papéis.

__ Não,  Anahí!  Eles te enganaram. Você não é casada, porque eu contratei um detetive e ele descobriu. Não tem registro em nenhum cartório.  Você tem alguma certidão de casamento? 

__ Não. -Disse confusa- eu não tenho nenhum papel. -passou a mão no cabelo- sou uma burra! 

__ Você foi ingênua.

__ Eu tive que me entregar a esse homem, vivi com ele e passei por muitas coisas porque pensava que ele era meu marido.

__ Talvez seja melhor que ele não seja seu marido.

__ Claro que é.  Eu odeio aquele homem. A única coisa boa que ainda tenho é meu filho que mesmo tendo o sangue dele vou ama-lo e ensinar a ser um homem de bem.

__ Eu vou ajudá- la nisso.  Estarei sempre com você.

__ Você foi o melhor que aconteceu na minha vida. Não sei como eu estaria se você não tivesse me atropelado.

__ Eu fico feliz por poder ajudar. Fique bem..-saiu do quarto-

Ele saiu do quarto fechando a porta, deixando ela desolada.  Como não era casada? Tinha sido usada pelo homem e seu tio. Agora se perguntava se aquele homem também era seu tio. Por que tinha que acontecer tudo isso com ela? Nunca havia feito mal a ninguém na vida. Pegou uma bolsa qual tinha sido entregue a ela de manhã,  eram mais roupinhas para Poncho. Uma mais linda que a outra. Ia arruma-las no quartinho que já estava quase pronto. Nunca pensou que seu bebê teria um quarto, apenas via aquele lugar úmido e nojento onde morava. Dava graças a Deus de não ter de criar o filho naquele ambiente.

Uma Nova VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora