Capítulo 2

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Depois de Ana ter emprestado o vestido a ela, Anahí tomou um longo banho,  se sentindo muito melhor depois que acabou.  Colocou o vestido simples e tomou seu remédio. Ana levou sua comida.

__ Você vai trabalhar aqui? -Quis saber curiosa-

__ Sim, mas não agora.

Ela pegou o remédio que tinha que tomar antes de comer.

__ Primeiro vou ter meu bebê.

__ Entendo. Agora vou deixar você se alimentar e descansar.  Quando seu bebê nascer eu posso te ajudar com ele.

__ Muito obrigada, Ana! -Sorriu pra menina- 

(...)

Mais tarde Alfonso chegou, foi até o quarto de Anahí.  Ele bateu na porta e ela pediu que entrasse.

__ Oi, Anahí!  Espero que esteja bem.

__ Estou sim. Obrigada! 

__ Que ótimo!  Se sentir alguma dor,  ou qualquer coisa é só falar comigo.

Ela assentiu.

__ Trouxe algumas coisas pra você. -ela viu as sacolas nas mãos dele-  roupas,  outras coisas que vai precisar.

__ Pode colocar aqui encima da cama, por favor?  Depois arrumo tudo. Estou muito agradecida por poder ficar na sua casa. Espero não estar incomodando.

__ De modo nenhum! Quero que fique a vontade. -Disse enquanto colocava as coisas no lugar qUE ela pediu-

__ Serei para sempre agradecida.  Espero que sua esposa não se importe.-disse inocente-

__ Não tenho esposa. -Disse frio e saiu-

Anahí não acreditava que um homem como aquele não tinha uma esposa. Era lindo, bom e ainda rico. Realmente não entendia como era possível.

Á noite Ana apareceu em seu quarto. 

__ O patrão está convidando para jantar com ele.

__ Acho que não devo. -sem graça-

__ Vai sim. Ele é sempre muito próximo aos seus empregados. É um homem generoso. Com certeza se sente mal por ter te atropelado.

Anahí tinha revelado a Ana como havia conhecido o patrão.

__ Vou pra não fazer desfeita.

__ Isso.

__ Ele me comprou roupas lindas!  Nunca vi nada igual.

__ Ele é generoso.

__ Deus o colocou na minha vida. Não faço ideia do que seria de mim e meu filho.

Anahí escolheu um vestido simples,  mostrava a saliência de sua barriga,  mas estava muito magra. Sentia que nada lhe caia bem.  Sentia vergonha de olhar para aquele homem perfeito a sua frente na mesa.  Seu cabelo estava preso em um coque,  mostrando mais ainda seu rosto magro.

Alfonso sabia que ela estava assim devido a maus tratos, má alimentação.  Viu que os olhos dela eram expressivos, de uma cor linda. Depois de ser bem tratada, poderia se tornar uma mulher bonita. Quem sabe encontrar um homem que pudesse assumir seu filho?

__ Quer me contar como você viveu tanto tempo com um homem que te agredia? -quebrou o silêncio-

Ela se assustou,  ficou meio sem graça.  Será que ele acreditaria na história dela. Mas também,  por que não? 

__ Não precisa ter medo. -completou-

Ela não estava com medo,  não dele. Era estranho estar em uma casa tão bonita,  com um homem como aquele e ficar indiferente?  Não tinha como. Se sentia tão feia, sem atrativos, de repente se sentiu com vontade de ser bonita enquanto aqueles olhos verde oliva a encarava esperando por uma respostas. Ela o daria.

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