Anahí estava muito confusa: claro que queria casar -se com Alfonso, mas temia nunca ser amada. Era um destino muito triste, mas por outro lado podia conquistar e fazer nascer esse sentimento nele. Seria a mulher mais feliz do mundo, se fosse correspondida por ele. Era um homem maravilhoso e sobre tudo amava seu filho, podia sim se casar com ele, talvez o amor viesse depois e isso ela ia sempre esperar. Seu maior sonho era ser amada por Alfonso.
Ela se sentou como ele pediu e pediu que ela se casasse com ele mais uma vez já que não obteve resposta da primeira vez depois de ter feito amor com ela. A queria tanto, mas ela lhe pediu um tempo para pensar direito. Ele concedeu esse tempo.
_ Pense com carinho! - deu um beijo curto em seus lábios-
mais uma vez se derretera por ele. Que homem.
Então ele se retirou enquanto ela o admirava.
Deus era tão maravilhoso com ela, depois de tanto sofrimento ele mandou Alfonso para esquecer tudo que havia passado. Era feliz ali naquele lugar.
Já não temia muito que Manuel fizesse algo a ela, entendia agora que não podia viver com medo, já até saia de casa para fazer compras. Era libertador poder sair, sentir-se livre, respirar.
Queria tanto aceitar casar-se com ele, mas temia esperar pelo sentimento. Que talvez não viria.
***
_ Ela está muito mudada -pensava Manuel- parece uma madame. Quase irreconhecível, está linda.
Manuel quase não acreditou ao ver Anahí entrando em uma loja chique enquanto ele voltava do lugar onde trabalhava. Viu que estava mudada, mas conhecia aqueles olhos, eram inconfundíveis. Não entendia o que ela fez para ter dinheiro. Há viu umas três vezes, sempre a rua muito movimentada, mas ele ia conseguir pegá-la. Ela ia se arrepender do dia em que tinha nascido. Logo ele parou para pensar - nao tinha barriga, será que perdeu o bebê?- menos mal, já que não queria saber de criança chorando em sua casa. O que queria era pegar Anahí. Ele ia bater tanto nela por ter feito ele de idiota por tanto tempo. Ia alugar uma arma e assim que ela aparecesse de novo, ele ia dar o bote. Ficava todos os dias e o dia quase que inteiro esperando e sabia que um dia ia conseguir pegar aquela mulher.
Me desculpe a ausência, mas enfim voltei para terminar essa fic. *-* E quem sabe escrever outras histórias? Bjos.
Na noite daquele mesmo dia Alfonso observava pela porta Anahí amamentando seu filho. Era uma cena tão linda e emocionante. Aquela mulher era realmente uma fortaleza e era ela que ele precisava pra sempre do seu lado. Apesar de ter vivido tantas coisas ainda tinha aquele sorriso que deixava seu coração balançado.
Ela sentiu a presença dela e sorriu. Ela o olhou.
_ Vem ate aqui. -o chamou- ele ainda está acordado.
Ele se aproximou.
_ Ele está tão lindo, se parece muito com você.
Ela ficou corada.
_ Pelo menos não se parece com aquele homem horrível.
_ Vamos falar de coisas boas, não quero que sempre lembre dele..
_ Sim, tudo bem. -sorriu- quer pegar um pouquinho seu filho?
Ele deu aquele sorriso radiante.
_ Ele é tão pequenininho ainda...-se sentou do lado dela- será que ele não vai chorar?
_ Claro que nao. Ele é bem calmo. Relaxa, vou colocar ele em seus braços.
Anahí deu Poncho para ele, ele ficou um pouco nervoso no começo, mas logo se acalmou e ficou admirando seu filho.
_ Oi rapazinho, eu sou seu pai. -sorriu- você é muito amado sabia...
Enquanto Alfonso falava com a criança, Anahí sentiu as lágrimas caindo. Era tão grata a Deus, ele colocou aquele homem em sua vida e do seu filho. Ele não passaria por agressões e Nem dificuldades. Podia deitar tranquila e se sentia segura. Deus, como amava aqueles dois.
Quando percebeu, Poncho já dormia nos braços do pai que havia cantado uma canção de ninar. Anahí então pegou ele do colo de Alfonso para colocar no berço, quando o fez ela é Alfonso se olharam longamente. Viu algo nos olhos dele, mas não sabia decifrar.
Ele queria muito poder fazer amor com ela novamente, mostrar o quanto era bom ser amada e ter alguém ao seu lado. Tinha também esperança que ela aceitasse ser mulher dele. Ele só queria recomeçar.
_ É...-coçou a cabeça- ele gostou do colo do papai.
_ Eu me senti realizado com ele em meus braços.
Ela sorriu e colocou-o o filho no berço.
__ Vamos jantar? -a olhou-
__ Claro. Pode ir na frente, vou lavar minhas mãos.
__ Tudo bem.
Ele desceu e não demorou muito ela já estava junto a ele.
Jantaram em silêncio, mas sempre se olhando muito. Acabaram e ele a convidou para tomar uma taça de vinho na sala.
__ Hoje a noite está tão agradável. -comentou ela- acho que amanhã vou comprar algumas coisas com o dinheiro que me deu. Eu até que gostei de sair um pouco de casa, respirar. É libertador.
__ Tem razão, ficou tanto tempo presa...so tome bastante cuidado, vá com o motorista e sempre fique com ele. -tomou um gole da sua bebida-
__ Sim, senhor. -bateu continência-
__ Não quero mandar em você, só me preocupo.
__ Eu sei, não precisa se preocupar. Vai ficar tudo bem.
Caíram de novo em um profundo silêncio, se olhando. Então ela se levantou.
__ Vou me deitar.
Ele ficou de pé.
__ Mas já? - deu passos até ela-
__ Sim. Acho que essa taça de vinho me deixou tonta. -riu-
Ele deu outro passo até ela.
A envolveu de surpresa e a beijou longamente.
__ Durma bem. - falou-
Anahí ainda estava desconcertado com o beijo.
__ Você também.
E subiu as escadas, indo pro quarto do filho. Ele dormia tranquilamente. - parece que virou hábito nos beijar. Pensou. Agora estou em chamas, louca para me deitar com ele novamente.
Alfonso virava de um lado para o outro em sua cama, não conseguia dormir, só pensava nela, a queria em sua cama, na sua vida. A queria em tudo.
Anahí estava no corredor andando de um lado para o outro sem saber o que fazer. Será que entrava no quarto dele ou não? Será que ele também queria?
Ele ainda estava lá, até outro banho tinha tomado, mas dessa vez de água fria. Escutou a porta, não acreditou quando viu Anahí em seu quarto. Ela o olhou de cima a baixo, ele nu.
__ Posso passar a noite com você?
Pediu.

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Uma Nova Vida
FanfictionAnahí tinha uma vida difícil, sofrida. Teve que morar com seu tio quando sua mãe veio a falecer. O tio fazia ela trabalhar em seu bar até a exaustão, até que resolveu que ela tinha que casar com um homem que frequentava o lugar. Foi obrigada a...