Doce Vingança - A História De Mia & Yago

A Vingança

Me debrucei sobre a pequena mesa que nos separava e fiz sinal para que ela fizesse o mesmo. Estávamos muito perto e eu podia sentir o calor de sua respiração próximo ao meu rosto.

— Eu já disse o quanto você está linda hoje? — sussurrei em seu ouvido e ela abriu um sorriso sexy.

— Muito obrigado. Você também está lindo como sempre.

— Se importa se eu te der um beijo? — perguntei sem o menor receio.

— E amanhã fingir que eu não existo? Acho melhor não. — respondeu sem perder o seu encanto.

Como me defender? Ela não tinha motivos nenhuma para confiar em mim.

— Você  sabe que eu não vou poder fazer isso. Temos um casamento pela frente.

Ela me olhou de lado desconfiada. E mudou de assunto.

— Que tal mais uma cerveja? —  falou já pedindo mais uma rodada sem me dar chance de negar.

Começou tocar Despacito e a algumas pessoas que estavam no bar começaram a dançar. Por impulso, Mia se levantou e me arrastou junto com ela. Eu não sou muito de dançar, mas naquele momento eu não estava ligando para nada. Cada casal dançava à sua moda e eu também não fazia ideia de como prosseguir, mas segui a Mia, deixei ela me conduzir. O contato com seu corpo, seus movimentos extremamente sensuais estavam me deixando excitado. Ela sabia o poder que estava exercendo sobre mim e por isso acariciava minha nuca e meus cabelos enquanto dançava. Apertei firme em sua cintura, aproximando ainda mais nossos corpos. Deixei que ela encostasse a cabeça em meu peito e senti o aroma dos seus cabelos. Que feitiço era aquele que ela jogava em mim toda vez que nos encontrávamos?

Minhas mãos subiam e desciam pelas suas costas, mas nada parecia ser suficiente. Eu precisava sentir o seu gosto, o seu sabor. Como se lesse meus pensamentos, ela soltou de meus braço e enlaçou meu pescoço, me abraçando. Aquilo parecia mais um jogo de sedução do que uma dança. Absorvi o cheiro doce de seu cabelo e de sua pele, me abaixei um pouco para depositar um beijo em seu pescoço e ela cedeu passagem para que eu continuasse meu trabalho. Comecei com pequenos beijos e quando percebi eu já estava chupando e mordendo o mesmo. Pequenos gemidos saíram de sua boca e eu sabia que ela estava gostando, o que me fez continuar o caminho de beijos até a sua boca.

— Yago... — ela tentou protestar quando beijei o canto de seus lábios, mas eu não lhe dei tempo.

Preenchi sua boca com a minha e rapidamente minha língua pediu passagem para explorar cada centímetro da sua. Um desespero tomava conta da gente, era um sentimento que estava reprimido dentro de mim e eu precisava saciar aquele desejo acumulado por Mia. Não foi como nosso primeiro beijo, foi muito melhor, algo além do que eu podia imaginar. Mia correspondia meus beijos com a mesma intensidade e puxava meus cabelos me fazendo ter pensamentos impróprios para o lugar onde estávamos.

Quando a música acabou, sabíamos que teríamos que nos separar e voltar para nossa mesa, mas continuamos abraçados com a cabeça colada uma na outra tentando controlar nossa respiração.

— Nossa... Isso foi incrível! — Mia foi a primeira a falar.

— Caramba. Senti falta disso, senti falta dos seus lábios.

Ela deu um sorriso sem graça e voltamos para nosso lugar. Tomei minha cerveja em um só gole para tentar apagar o calor que se apossou do meu corpo.

— Preciso de mais uma. — disse já pedindo mais uma rodada de cerveja.

Eu ainda não estava bêbado, mas coragem e a ousadia já se faziam presentes. Eu sabia que o que eu diria a seguir era ridículo, mas eu não tinha mais controle da minha fala.