Capítulo 2 - Sobre Loki e Destino

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A floresta de pinheiros atrás da mansão de Malcolm era um lugar de grande utilidade para a matilha de Wulfenkinds

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A floresta de pinheiros atrás da mansão de Malcolm era um lugar de grande utilidade para a matilha de Wulfenkinds.

Era da natureza deles nunca passar tempo demais em uma única forma. Quando o lobo dentro deles pedia, era necessário mudar de forma e deixar seu lado animal se libertar um pouco. Ali eles podiam ter a privacidade para deixar seu outro lado correr livre, sem ter medo de serem expostos.

Naquela manhã fria a floresta também tinha desenvolvido uma utilidade curiosa para o dia de Anne.

Era parte de sua rotina ir até a casa dos Wulfenkind pela manhã, antes de seu horário de trabalho, e se sujeitar a seja lá que tipo de surpresa Kol tivesse programado para o treino do dia.

O "projeto asgardiana", como ele gostava de dizer, era o treinamento de combate que Anne estava recebendo. Ser uma semideusa em um mundo onde monstros e o próprio Destino querem te ver morta exigiam esse tipo de preparo dela. Sim, Destino com "D" maiúsculo, porque Anne estava na lista negra das Norns, manifestações das tramas do destino. Não exatamente o tipo de ser mitológico que alguém gostaria de irritar, mas o que ela podia dizer? Sempre tivera um dom para se meter em problemas.

Anne segurou com firmeza o bastão de combate que tinha nas mãos e procurou por um sinal de Kol, que estava escondido entre as árvores esperando o momento perfeito para pegá-la desprevenida.

O frio fazia seus braços tremerem um pouco e ela se xingou mentalmente por estar vestindo só uma regata cinza. Tinha deixado a jaqueta na sala da mansão porque não estava nem um pouco a fim de arriscar rasgar mais uma de suas roupas favoritas durante seus treinos ao ar livre. Ser uma semideusa não vem incluso com uma conta premium em lojas de moda.

Kol já tinha elogiado a evolução de Anne nas poucas semanas de treino.

Segundo ele, o sangue asgardiano fazia dela uma guerreira nata e explicava seus reflexos rápidos. Além de explicar a forma quase sobrenatural com que ela desenvolvia familiaridade com qualquer arma que usa-se. E eu que achava que só tinha herdado meus olhos verdes de meu pai.

Agora, ele queria saber como os reflexos dela reagiriam em uma situação onde não soubesse onde seu inimigo estava. Por isso o exercício na floresta.

O som de um galho quebrando capturou a atenção de Anne e ela se virou na direção do barulho.

Caminhou com cautela na direção do som, mas parou quando ouviu outro galho quebrando e depois outro. Ele está brincando comigo. Tentando me deixar nervosa.

Ela se aproximou de uma árvore grossa e apoiou as costas nela. Se Kol quisesse atacá-la, teria que optar por um ataque frontal.

Os olhos de Anne varreram a floresta a sua volta, procurando por um movimento que pudesse denunciar onde Kol estava. De repente, tudo pareceu ficar calmo demais e ela sentiu os pelos em seus braços eriçarem. Tem algo errado. Se move garota!

A FILHA DO FOGO: CAÇADOS POR ASGARDOnde histórias criam vida. Descubra agora