Capítulo 7 - A agenda dos caçadores

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O chão duro e frio da caverna cumprimentou Kol assim que ele recuperou os sentidos.

Suas costelas doíam e ele tinha certeza de que ainda não estava completamente recuperado de suas feridas. O lado bom daquilo era que isso significava que não tinha ficado desacordado muito tempo. O lado ruim? Bom, basicamente todo o resto de sua situação se encaixava na descrição.

Ele se levantou com alguma dificuldade e olhou em volta. Estava de volta a parte da caverna onde tinha sido levado pelos caçadores. As caixas de madeira que tinha visto antes não estavam mais lá e alguém tinha substituído o lampião elétrico que ele tinha quebrado em sua tentativa de escapar.

Para sua surpresa, ele estava sozinho ali e percebeu que desta vez ninguém o tinha amarrado, mas assim que tentou andar na direção de um dos túneis da saída, percebeu o porquê. Uma força invisível o impediu de entrar no túnel. Ele tentou os outros quatro que tinha por ali. O resultado foi o mesmo.

Foi aí que ele notou pequenos desenhos de runas feitos nas bordas de cada túnel. Magia rúnica, ótimo!

Os desenhos tinham sido feitos do lado de dentro do túnel, de modo que ele não pudesse tocá-los.

— Hank é um bom caçador. — A voz de Donovan soou vindo de um dos túneis. — Um perito em tiros a distância, mas nunca aprendeu o valor da magia antiga de Asgard. Uma pena, se quer saber.

Kol se virou na direção de seu tio e andou até ele. O caçador estava de pé, a poucos centímetros da entrada da câmara onde ele estava preso. Seu rosto era uma máscara completamente inexpressiva.

— Preciso reconhecer que as runas tem um poder incrível. — Kol disse. — É por isso que vocês as mantêm em segredo até mesmo de outros caçadores?

— Não ensinamos a magia antiga a qualquer um. — Donovan concordou. — É preciso se mostrar digno do poder, animal. Seu pai pensava que você e seu irmão tinham talento. Fico feliz que ele não esteja vivo para ver o quão errado estava sobre você.

O lobo interior de Kol se revoltou em seu âmago. Ele queria voar no pescoço do caçador.

— Se acha mesmo que eu não valho nada, entra aqui. — Kol convidou.

A boca de Donovan se contorceu no que Kol achou que seria o máximo que ele poderia fazer na tentativa de simular um sorriso.

— Existe um limite entre coragem e estupidez, garoto. Já esqueceu como é que você acabou aqui?

— Isso aí, tio. — Kol retrucou. — Continua se gabando por ter me derrotado quando eu já estava praticamente no chão. Isso soa mesmo muito honrado. Os deuses devem estar abismados com o guerreiro formidável que você é.

Por um segundo raiva pareceu dançar nos olhos de Donovan e Kol se preparou para lutar. Mas então, o momento passou e o caçador voltou a ser uma figura sem expressão.

A FILHA DO FOGO: CAÇADOS POR ASGARDOnde histórias criam vida. Descubra agora