"Conhecer o destino não é a mesma coisa que compreender o caminho que vai te levar até ele. Nunca esqueça disso."
- Kol
A FILHA DO FOGO, LIVRO 2
Despertar o poder do fogo primordial foi só o início da jornada para a semideusa Anne Coleman... Acompan...
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John levou menos de vinte minutos para encontrar com Anne na frente do Stacy's . As nuvens no céu estavam se acumulando cada vez mais, convidando uma chuva que tinha cara de que seria forte. O frio do início de inverno já começava a dar as caras e logo as pessoas iam começar a deixar as ruas para encontrar abrigo em suas casas.
— Que bom que cheguei antes da chuva. — John a cumprimentou assim que Anne abriu a porta da velha camionete vermelha que o fazendeiro dirigia. — Acho que conseguimos voltar antes que o céu desabe.
John ainda analisava as nuvens quando ela o interrompeu.
— Na verdade, — Disse. — esperava que pudéssemos conversar a sós em algum lugar antes disso.
John a olhou pelo canto do olho, erguendo uma sobrancelha.
— Hum... isso soa sério. — Respondeu. — Sei que você acabou de sair de um lugar onde servem muito disso, mas conheço uma cafeteria ótima na cidade e tenho certeza de que você nunca esteve lá.
Anne sorriu e assentiu. Um café quente naquele frio ia ser ótimo.
— Eu topo, vamos lá.
John guiou o carro pela rua principal e depois virou em algumas do centro. O lugar que ele mencionou não ficava longe da lanchonete, mas Anne realmente nunca teve a chance de explorar Clarence antes. A cidade era pequena, mas ela não conhecia nada além da fazenda em que estava morando, a mansão dos wulfenkind, a lanchonete e o parque florestal Tillman, onde Kol a tinha levado para o festival de Outono.
O café era uma pequena casa de um andar só que tinha reformado a fachada para ficar com um ar mais comercial. Uma vitrine ocupava boa parte da frente, de onde Anne conseguia ver alguns clientes sendo servidos. A porta de madeira que dava acesso a loja tinha um pequeno quadro negro pendurado, onde em uma bonita letra cursiva se lia "Aberto".
O interior da loja era pequeno, mas parecia muito aconchegante. As paredes eram pintadas com uma cor laranja quente que parecia espantar o frio do lado de fora. Um balcão americano largo dominava parte da sala principal, onde uma mulher morena de cabelos negros, curtos e encaracolados servia os clientes sentados nas cadeiras do balcão enquanto outra garota, um pouco mais nova do que Anne, levava café e bolos para outros clientes sentados nas mesas próximas ao outro lado do salão. Ela se parecia o suficiente com a mulher no balcão para poder ser filha dela.
Assim que entraram, a mulher no balcão olhou para eles e ofereceu um sorriso de boas vindas. Um sorriso que Anne teve certeza de que tinha ficado muito maior quando ela colocou os olhos em John. Ela olhou para o fazendeiro, e percebeu que ele também sorria de forma boba para a mulher. Ele logo saiu do lugar, se lembrando de que estavam parados na porta da cafeteria, e guiou Anne até uma das mesas vazias.
A mulher no balcão largou o que estava fazendo e foi até eles, levando uma caderneta para tomar notas. Ela devia ter algo na casa dos quarenta anos e tinha uma aparência muito bem cuidada, com olhos castanhos que às vezes pareciam brilhar.
