Realidade.

08

🎀Layana🎀

Quando o tiroteio passou,eu abri a portão da casa da mulher e desci correndo dando de cara com GG segurando Aline pelo cabelo,coloquei a mão na boca e encostei na parede

-to querendo levar um lero com tu-ele me encara e joga a Aline no chão-e tu sua vagabunda,vai morrer igual teu marido-ele chuta a cara dela e eu vejo o sangue descer,quando eu ia entrar na frente ele me segurou pelo braço-sabe oque tua amiga fez?-ele me pergunta e Aline me encara chorando-ela foi atrás de mim e mandou o papo que se eu não matasse o cuzão do paulista ela ia entregar tu pra mim-ele diz e eu encaro Aline

-foi sem querer Layana,eu juro,eu juro-ela ajoelha e coloca a mão na minha perna fazendo GG dar outro chute na cara dela

-eu converso com tu,só não bate nela-viro vendo GG me encarar

-tu ia conversar comigo de um jeito ou de outro,não tem essas ideia de condição,ela forjou pro bonde,foi cuzona e vai sustentar-ele puxa ela pelo cabelo jogando no meio do rua,os menino já veio e começou a espancar ela,por mais que Aline fez oque fez comigo,era horrível ver aquilo e não era só porque era Aline ali,era horrível que fosse com qualquer pessoa.Escutei o grito dela enquanto eles raspavam o cabelo dela todinho,GG puxou meu cabelo e me levou pra dentro de um beco e ficou dois meninos na ponta do beco pra ninguém entrar-desgraçada-ele chuta a parede do meu lado e pega meu rosto com força-tu achou que eu ia ficar preso pro resto da vida? tava achando que eu não ia ver tuas cachorrada aqui fora não?-aperta meu rosto de fazendo fechar o olho de dor

-eu não tinha nenhuma obrigação de ir te visitar,quem tinha era a Jéssica,falando nela,cadê sua mulher?-pergunto quando ele solta meu rosto me jogando na parede e colocando o bico da glock na minha cara,eu ainda escutava Aline gritando.Isso ali era a realidade,Aline tinha crescido comigo,Paulista cresceu com GG,todos agiram na falsidade,na favela não tem perdão,essa é a realidade,não existe condição,nem justificativa,se traiu,vai pagar,fechei o olho escutando uma disparada de tiros,coloquei a mão na boca e abri o olho,as lágrimas correram no mesmo instante vendo Aline toda estourada no chão,o sangue escorrendo no chão e o cropped rasgado mostrando a tatuagem que ela tinha no peito com o nome do paulista.Eu ainda lembrava da gente correndo na rua,da primeira briga,e de quando ela chegou me falando que tava namorando com paulista.Aline deixou o poder subir pra mente,ela tentou ser melhor,deu tanto valor ao dinheiro e esqueceu de valorizar oque realmente tinha valor.

E pelo resto do dia foram escutados os gritos da mãe dela perguntando o porque deus levou a filha dela e porque Aline não escutou seus concelhos,foi mais uma vez que eu vi uma mãe deitada em cima do corpo sem vida de um filho,essa era a realidade,ao invés de um filho chorar por uma mãe,a vida de uma mãe na favela era chorar por um filho que se perdeu em um caminho sem volta.Essa tinha se tornado apenas a realidade.