SOUL

Ele está perto

Ouça essa música, ela fala sobre crescer sozinho e ser seu próprio exemplo, ela me lembra o que você vai passar daqui para frente, sim, você terá muita sorte se chegar ao fim dessa desventura que você mesmo quis entrar. Mas eu não culpo você, não, culpo quem lhe criou para estar fazendo a merda que está vivendo ... E olhe para o céu hoje a noite porque é noite de lua cheia.

Já faz um tempo que não vejo você, seu sumisso foi de verás intrigante, já que você já sabe os riscos que corre ao me ouvir, mas vamos parar de falar de você, porque vejo em seus olhos tristeza. Eu me lembro que paramos em uma parte triste, mas enxugue suas lagrimas e comece a rezar porque iremos atrás do assassino.

Depois de quase uma noite largado no chão, abri os olhos e vi a janela, mas o caderno não estava mais lá. Levantei rapido, na esperança de poder ver o tão misterioso Claus, mas foi inútil, nada, só o velho balanço e a casa na árvore onde nunca mais tinha ido.

- Não posso me prender a essas coisas, tudo pode ser apenas uma mentira inventadas por um louco fanático; Falei a mim mesmo enquanto pulava a janela e descia pela calha. Ao chegar mais perto pude escultar alguém cantarolando uma canção que chegaram ao meus ouvidos como facadas.

"Querido confidente

Querido Confidente 

Ontem foi sua mãe 

Hoje é seu pai

Amanhã você irá arder

No fogo do inferno"

Para minha sorte fiquei parado, e lentamente fui até o velho balanço onde pude me esconder atrás dos arbustos que ao seus lados cresciam. Fiquei lá toda noite, como se minha vida dependesse disso, até que ele desceu as escadas, por voltas das 03:00 da manhã ele deixou o caderno na minha janela e saiu pulou a cerca.

Sem pensar muito fui atrás, do meu até então confidente, a noite estava escura, mais que o normal, as luzes dos postes não conseguiam iluminar a escuridão que aquela noite trouxe para as ruas dessa cidade. Andando lentamente sobre cada rua e beco, até chegar na rua dos assassinatos, onde o vi entrar em uma das trilhas da floresta ... Adivinha quem seguiu um estranho na madrugada em uma floresta deserta e escura, eu mesmo.

Mas eu sabia que não estava sozinho, pois em alguns pontos senti que alguém estava me seguindo. Mas já tinha ido tão longe, que não tinha mais vontade de voltar, até porque de certo modo, minhas pernas so conseguiam seguir em uma direção, e eu sabia que isso podia ser a pior escolha que já tinha feito, desde ter aceitado entrar nesse jogo de segredos.

Andando devagar, quase parando, eu senti que algo pegou no meu ombro. Olho para trás e me deparo como o xerife, que não ficou nem um pouco animado em me ver ali.

- O que faz aqui uma hora dessa ... Você parece muito, muito mesmo, com sua mãe; disse ele em voz de reprovação.

- Como pode dizer isso?; perguntei em tom confiante, escondendo todo meu medo que se espalhava pelo meu cortpo.

- Porque? Porque sua mãe também seguiu seu assassino por essa mesma trilha.