Capítulo 7

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Já havia se passado uma semana depois da festa do pijama que eu e Bridgit tínhamos feito, eu não cheguei mais ver Dylan pela delegacia enquanto eu e Andrew estávamos investigando o caso, não chegamos a descobrir muita coisa, somente o que já sabíamos e que o tal cara que havia tentado me matar era um dos assassinos de aluguel da máfia. Eles não tentaram mais nada comigo, e Andrew colocou um carro da polícia para me vigiar a todo momento, por isso tive que me mudar para uma casa de proteção a testemunha, por mais que eu dissesse que eu estava bem no hotel, e que eu sabia me proteger sozinha.

Andrew achava que o único jeito de a máfia estar atrás da minha cabeça, era por alguma dívida ou contrato, assim dizendo, ou alguém perto de mim fez algum acordo com a máfia e agora estavam atrás de mim para o pagamento dessa dívida, ou alguém tinha feito um contrato para me matar. Por mais que parecesse bem convincente essas alternativas, eu ainda achava que a culpa era de algum ex caso que eu tinha resolvido e agora estavam atrás de mim por causa disso.

- Acho que já deu por hoje Sophia, vamos comer alguma coisa, já é quase 14hs - Eu e Andrew havíamos passado a madrugada toda revisando todos os meus antigos casos, mas nenhum deles tinha algum tipo de envolvimento.

- Vamos, estou morrendo de fome - no mesmo momento sinto a minha barriga roncar, o que faz Andrew rir.

Fomos a um pequeno restaurante no centro da cidade, era pequena mas bem aconchegante, e com uma comida divina, devia ser proibida de ser vendida de tão boa que era. Andrew inventou de pagar o nosso almoço, mas fui mais rápida e paguei a conta e deixei uma pequena gorjeta para o gentil garçom.

- Então, qual é o tipo de implicância que você é o meu primo tem? - nós andávamos pela calçada de Vancouver, estava nevando, mas não tanto para interromper o trânsito de Vancouver.

- A implicância e que ele é insuportável e nem quando eu estava debilitada após ser atropelada ele me deixou em paz, e ainda mais, ele só me irrita - Andrew solta uma risada e para no meio da calçada se virou para mim e sorriu

- Posso te dizer que ele nunca foi assim… ao contrário ele é sempre gentil com todo mundo e super profissional em seu trabalho, na infância ele sempre era o queridinho da mamãe, sempre ajudava a minha tia nas tarefas de casa e estava sempre protegendo a irmã, você deve ser muito especial, por que ele só é assim tão relaxado com você… algo mudou nele - as palavras de Andrew me fazem ficar pensativa e ele percebe, ele volta a andar e eu ando em passos lentos ao seu lado

- É você e Bridgit? Ela pode não ter percebido, mas eu sei que você está apaixonado por ela - percebi que ele ficou corado e ele olhou para o chão possivelmente envergonhado, ele mordeu o lábio e voltou os seus olhos para a rua movimentada de Vancouver.

- Está tão na cara assim? - concordo com a cabeça e ele fica ainda mais vermelho do que já estava - ela sabe? Quer dizer… ela desconfia que talvez eu esteja…

- Não, mas eu sei que você gosta dela, e tenho certeza absoluta que ela também gosta de você, só pelo jeito que ela ficou com ciúmes da sua secretária… falando nela, a demite, ela não presta, mas voltando para Bridgit, e percebi principalmente pelo jeito que ela ficou feliz em ver você - ele sorriu e parecia realmente feliz em saber sobre os sentimentos de Bridgit - vocês se conhecem a anos, não sei porque você ainda não a pediu em namoro

- É complicado, eu não sabia os sentimentos dela, e se ela me desse um pé na bunda? E se acabasse dando errado e nunca mais querer me ver? Eu não sou nada sem aquela loirinha Sophia - ele suspira, eu o paro no meio da calçada ficando de frente para ele

- Não se preocupe com isso, apenas se arrisque, tenho certeza que vocês seriam muito felizes juntos, ela ama você, e depois dessa conversa, eu tenho certeza que você ama ela também - Andrew sorriu e me abraçou.

Em um momento rápido apenas ouvi um barulho de tiro e Andrew me puxando, eu e Andrew caímos no chão e então pude ver a cena melhor, um atirador estava atrás da gente, e estava dessa vez recarregado a arma rapidamente para atirar em nós novamente. Puxei Andrew e rolamos para o lado, ouvindo mais um tiro, senti uma ardência no meu braço, e a bala tinha me atingido de raspão.

Eu e Andrew levantamos correndo e fomos para atrás de um carro, as pessoas que estavam na rua entraram dentro das lojas após o primeiro tiro.

- Sophia você está machucada - Andrew olha aterrorizado para o meu braço que sangrava, apenas soltei um “vou ficar bem”, peguei minha arma no cós da calça e mirei para o atirador que atirava contra o carro.

Eu e Andrew atirava contra o homem mascarado, até um carro em alta velocidade parar em frente ao atirador e o homem entrar no carro saindo depressa

- Precisamos ir atrás deles - gritei, corremos até o nosso carro do outro lado da rua e Andrew pisou firme no acelerador. Dobramos a rua em que o carro havia passado e seguimos, peguei o meu celular e liguei para a Central da polícia - Preciso de reforços, um homem de 1,76, branco, cabelos claros, atirou contra nós, estamos o seguindo agora na E 1st Avenida, ele está fugindo em um Ford Mustang, placa EVRX402

- Reforços a caminho - o carro continua a correr e os homens ainda correm em nossa frente, estamos na cola deles - os fugitivos estão indo em direção a Norte Vancouver, delegada López

- Merda - Andrew acelera ainda mais, e faz uma curva para entrar na rodovia, o mustang corta caminho no meio dos carros o que dificulta o nosso trabalho - Acelera, não podemos perder eles - Andrew acelera e desviado dos carros, ainda temos o fugitivo na nossa vista

- Os policiais perderam os fugitivos de vista Delegada López

- Nós ainda não - Andrew grita, e consegue colar o nosso carro com o dos fugitivos, o homem na qual tinha atirado em mim, coloca a cabeça para fora da janela, e mira a arma em nossa direção, os disparos começam e eu também começo a atirar no carro. O homem sorri para mim, ele mira a arma e atira nos pneus do nosso carro, fazendo ele sair da fora da pista, por pouco não capotamos o carro, mas ele para fora da estrada, enquanto os fugitivos fogem.

Os carros da polícia passam correndo pela gente, e dois carros param para nós ajudar, eu saí do carro furiosa, enquanto Andrew atrás de mim, fazia algumas ligações para a Central para saber mais sobre a perseguição aos atiradores.

- Você precisa ir para um hospital Delegada López - um dos policiais fala para mim, mas discordo com a cabeça e apenas respondo que estou bem.

- Parece que a polícia os perdeu de vista, mas sabemos como eles se parecem, claro, eles irão se livrar do carro, a máfia e esperta demais para deixar alguma pista da onde eles estão - Andrew suspirou mexendo em seus cabelos após me falar de que eles tinham fugido. Chutei o pneu do carro com força, colocando toda a minha raiva naquele pneu - vamos, depois resolvemos isso, agora você precisa de um curativo nesse braço

- É você na sua testa, está saindo um pouco de sangue - ele coloca a mão na testa e sente o sangue, no momento em que o carro saiu da pista ele bateu a cabeça no volante e agora tinha um pequeno corte em sua testa.

- Vamos lá Delegada - ele me abraçou de lado e entramos em um dos carros da polícia em direção a minha casa… ou pelo menos eu achava que era em direção a minha casa

Meu Querido BabacaOnde histórias criam vida. Descubra agora