Five

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"I really thought I knew you, but I guess
I thought wrong."

- Laura Lawford

Eram 5 horas da manhã quando Emma me acordou aos berros, estava desesperada por algum motivo que eu não conseguia compreender por ainda estar muito grogue de sono.

- LAURA! PELO AMOR DE DEUS SAI DAÍ AGORA! - ela berrava como se minha vida estivesse em risco.

Me levantei estressada, devido aos acontecimentos da noite anterior eu não estava com paciência para tolerar os chiliques de Emma.

- NÃOO! Não faz isso!! - ela gritou desesperada.

Foi então que entendi o motivo daquele desespero todo, mas já era tarde demais.

Uma barata. Gigantesca.

Comecei a berrar igual uma maluca quando vi aquela criatura horrenda ao meu lado, no meu travesseiro.

Ela se moveu mais para perto, quase subindo no meu rosto, quando me levantei de forma tão brusca.

- Tiiiiraaa issooooo. Tira logo isso daquiiiiii!!! Faz alguma coisa, Emma!! - eu tinha pavor de barata. Nunca fiz questão de esconder como algumas pessoas fazem dizendo que só tem nojo. Eu não tenho só nojo, eu tenho completo pavor, aversão e repugnância por esse ser que deveria ser banido de todas as dimensões existentes.

Eu já estava no outro canto do nosso pequeno dormitório, estava tentando abrir a porta com tanto desespero que eu não estava conseguindo nem colocar a chave na fechadura. Meu único objetivo naquele momento era sair daquele apartamento e ir para um lugar bem longe.

Mas quando finalmente consegui abrir a porta, meu coração parou. Tinha um homem agachado na entrada do apartamento.

Como abri a porta com muita força, ele acabou olhando para mim assustado e aí sim eu infartei de vez.

Não era só um homem.

Era o homem que só estava vivo por minha causa.

O homem que usou essa segunda chance para me assaltar uma noite antes.

Ele estava agachado colocando minha bolsa na frente da porta.

Ele era você.

Sim, você mesmo, meu bebê.

No assalto da noite anterior, os bandidos conseguiram pegar minha bolsa, apesar do celular ter ficado na minha mão e eu ter me recusado a passar para eles.

Eu não podia acreditar naquilo.

Eu não sabia porque, mas meu coração doía.

Eu me senti traída. E isso me deu raiva, porque só se trai quando tem confiança, e eu não fazia ideia de que confiava tanto em você. Naquele estranho dos olhos castanho esverdeados que eu nem sabia o nome.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, você entrou dentro da residência ao ouvir os gritos histéricos de Emma e ao ver minha cara pálida.

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