Parte 3.

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- bom dia irmã. - digo indo até ela que estava virada para a pia e então dou um beijo em sua bochecha por trás e a aperto em um abraço.

- acordou cedo.. num sábado? - ela fica pasma mas retribui o carinho.

- to mudando, não posso? - dou de ombros. Me sento ao lado da cadeirinha de Malu e beijo ela.

- você não muda, já te disse isso.. - ela se senta em minha frente e começa a cortar um pão. - mas me conta, o porque ou o milagre que te fez chegar em casa bem antes do horário! - ela ri.

- dois conselhos, baixe o tinder você tá precisando. - digo apontando o cabo da faca e ela revira os olhos.

- e o outro? - ela diz então.

- nunca pare para conversar com algum babaca, que informe em seu perfil, que o seu corpo malhado é por "pura academia" - fito o meu café. - se você marcou de apenas trasar com ele, vá lá e faça, não fique de papo..

- não fale esse tipo de palavra perto da Malu. - ela me repreende. - mas esse aplicativo idiota só serve para isso? E porque desse vez você resolveu conversar com o homem?

- quanta pergunta. - finjo susto. - primeiramente, depende do que você procura, eu muitas vezes procuro apenas alguém que me faça gozar.

- Maraisa.. - ela range os dentes, então olha para a Malu; que brinca com a bolacha cheia de baba em sua mão.

- ela nem entende.. - olho de canto.

- me responde a outra pergunta Maraisa.. - Maiara retoma. - porque resolveu conversar dessa vez?

- não sei ta bom.. E-eu acho que quis uma companhia ou algo parecido antes de rolar qualquer coisa, mas simplesmente, esse cara me mostrou ser um idiota e só me fez pegar mais nojo por ser um machista de merda. - tomo um gole do café. - e mais, do que adianta, ter trinta anos de idade e ter a maturidade de um adolescente que está entrando na puberdade.

- tem razão, por isso não dou a mínima para esses negócios idiotas ai.. - ela se levanta.

- Maiara você tá velha. - dou risada.

Malu começa a fazer um biquinho, como sempre faz quando vai chorar desesperadamente por mama, ou quando sua fralda está suja. Pego ela no colo e vou até o quarto da Maiara trocar a menina.

- já pensou em ter uma sua? - Maiara diz da porta e eu me assusto.

- Maiara.. não faz isso. - a Malu da uma risadinha da minha cara. - e como assim "pensar em ter uma sua". - repito o que ela acabou de pronunciar.

Ela chega mais perto de mim, e então me vê em uma luta contra a fralda que supostamente pela sua feição, eu estou colocando errado.

- licença.. - ela diz me jogando para escanteio.

- tão ta.. - solto tudo. - a Malu é nossa, E-ee só ela está bom.

- não foi essa a minha pergunta. - ela fala com uma plenitude de dar inveja. Tudo sem tirar os olhos da menina deitada no trocador.

- não Mai.. eu nunca pensei. - me sento na cama dela.

- eu quero sobrinhos também. - ela pega Malu pronta.

- eu amo tanto vocês.. - vou até elas e as abraço.

- nós também amamos muito você. - ficamos ao três por alguns minutos abraçadas trocando carinhos em meio ao quarto da minha gêmea.

- hoje vai ter uma festa hoje na casa da Kelly, tá afim de ir? - pergunto descaradamente já sabendo a sua resposta.

- acha mesmo? - ela diz olhando para a bebê em seu colo.

Newness - MaDellOnde histórias criam vida. Descubra agora