The Island | Z.M

33. Bad News

ZAYN

Assim que abri meus olhos, achei que estava sonhando ou tendo algum tipo de alucinação, senti algo fofo e macio em minhas costas e o ambiente totalmente diferente.

Era calmo e aconchegante.

A Heather me olhava ansiosa e eu vi o brilho em seu olhar, estavamos salvos, havíamos conseguido sair daquela ilha.

Definitivamente, eu não achei que conseguiríamos.

Meu corpo ainda estava fraco, tudo doía, mas ela me ajudou a tomar um banho morno e prazeroso. Como senti falta disso.

As roupas me aqueciam do frio que eu sentia por causa da febre, queria me enrolar mais, porém eu sabia que minha temperatura pioraria.

Eu ainda não estava acreditando que estava aqui, olhei tudo ao meu redor observando cada detalhe da pequena cabine onde eu me encontrava.

Havia a cama na qual estava deitado e mais uma ao lado dela, o espaço era realmente pequeno e apertado, mas era o que menos me incomodava.

Não tinha parado pra pensar em nada, minha cabeça estava atordoada com a idéia de não estar mais naquele lugar.

Olhei através do pequeno vidro no barco, suspirei e coloquei a mão na cabeça sentindo a mesma doer.

— Zayn ? – ouvi a doce voz da Heather.

Havia uma bandeja em suas mãos, nela tinha dois bowls repleto de sopa, uma cestinha com fatias de pães e outro potinho com algo parecendo queijo.

Apoiei minhas costas na cabeceira da cama sentindo a fraqueza me dominar, meu corpo estava tão fraco que eu queria dormir mas eu não conseguia, estar aqui estava sendo muito surreal.

— Consegue comer só ? – ela me perguntou.

Ela cuidara tão bem de mim esse tempo todo, fiquei impressionado com sua coragem, ela era incrível.

— Claro.

Ela colocou a bandeja em minha frente e sentou do meu lado, a cama era de solteiro e eu agradeci por sentir seu corpo tão próximo ao meu.

— O cheiro está ótimo – disse.

— Sim, tem muita verdura, espero que consiga comer tudo.

Fazia tanto tempo que eu não via comida assim, que a fome surgiu na hora.

Mexi um pouco a sopa e levei a colher até minha boca devagar, a Heather fez o mesmo saboreando a refeição.

— Como é bom comer algo assim – ela falou.

— Está deliciosa – sorri.

— Depois que você comer, vou te trazer um remédio para febre e dor, tudo bem ?

— Obrigado.

— Espero que cheguemos logo, você precisa de um médico.

— Quem são essas pessoas ? – Perguntei curioso.

— Pesquisadores, não conversei direto com eles então não sei muita coisa.

— Entendi – mordi um pedaço do pão – Acha que já sabem que estamos vivos ?

— Eu não sei Zayn, aqui no meio do mar não tem sinal, só um rádio.

— Quero ver meus pais.

— Eu também quero ver minha família, não vejo a hora de abraçar eles – sua voz saiu embargada.

A porta foi aberta revelando um homem alto de barba.

— Desculpe atrapalhar, eu só vim avisar que já entramos em contato pela rádio, dissemos que encontramos dois sobreviventes – ele coçou a nuca – Vocês foram os únicos que estavam desaparecidos.

— Como assim os únicos ? – Zayn perguntou com o cenho franzido.

— É... Vocês estavam no barco quando a tempestade o atingiu, não estavam ? – ele perguntou.

— Estávamos, nós caímos e conseguimos subir no bote – a Heather falou olhando o rapaz.

— Bem... Terminem de comer, depois nós conversamos – ele disse e fechou a porta.

De fato, já devem saber que estamos vivos.

Minha família deve estar feliz por isso.

— Eu estou com medo do que ele pode nos dizer Zayn – a voz da Heather soou preocupada.

— Está tudo bem meu amor, vamos comer.

{...}

Depois de comer, a Heather me trouxe um remédio que aliviou minhas dores no corpo e minha febre, mas ainda me sentia fraco, não consegui levantar da cama.

Seu corpo estava ao meu lado, nossas mãos estavam entrelaçadas e eu me senti vivo por estar aqui com ela.

Beijei os lábios dela que sorriu pra mim, seus olhos me encaravam e eu nao pude deixar de desejar seu corpo.

— Desculpe interromper – uma moça de cabelos pretos entrou no quarto – Podemos conversar um segundo ?

— Claro Kate – a Heather respondeu.

— Não sei se é a hora mais exata pra falar isso mas... O Kenny me pediu pra conversar com vocês, acho que vocês não sabem.

— Não sabem de que ? – falei.

— O barco que vocês estavam, ele afundou, algumas pessoas morreram, outras se salvaram por sorte.

— O que ? – falei alto.

— Como assim ? – a garota me apertou.

— Eu sinto muito, acho que deveriam saber disso.

Olhei pra Heather e senti meu coração pesar.

Sad eim ahsua
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