Capítulo 3 - Pedido de Ajuda Inesperado.

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Ângela Athiz na multimídia
(Personagem novo)

- Precisa... da minha ajuda? - disse fazendo com que os raios que estavam nas minhas mãos desaparecerem.

- Primeiramente, deixe me apresentar - ela se aproximou mais e continuou. - Meu nome é Ângela Athiz, sou do clã dos Nitry Nay. Princesa, das Águas Sombrias. E antes que diga alguma coisa, queira me desculpar pelos meus péssimos modos, eu não pretendia assusta-la. Mas eu tinha que ter certeza que você era a garota da linhagem de Alana.

- Como... como você sabe sobre ela?

- Na verdade... eu a conheço por causa das historias que minha mãe contava, elas eram amigas. Desde então ela sempre mandava alguém ver como as coisas estavam, ver se sua família se encontrava bem e segura. Minha mãe prometeu a Alana que sempre estaria de olho em seus descendentes, é uma forma dela expressar sua eterna amizade. E esse foi um dos motivos por ela ter criando uma pequena admiração pelos humanos. Você sempre teve algum contato conosco, mas para o seu próprio bem eu não posso revelar nosso paradeiro.

- Okay... isso é um pouco estranho, mas, você disse Nitry Nay, certo? Eu conheço esse nome. Ele é citado em um livro que eu sempre pedia para a minha mãe ler quando eu criança.

Ela me olhou de um modo surpreso e disse - Sua mãe nunca lhe contou sobre o que aconteceu?

- Sim, ela me contou alguns anos mais tarde, mas... espera! Aquilo, aquilo era real? Bem, é claro, tem uma Nitry Nay bem na minha frente - disse um pouco assustada. - Então... você é uma sereia? Vocês... vocês pegaram aquele escritor?

Ela subiu a manga de sua blusa revelando mais escamas douradas em seu braço enquanto o mostrava para mim - Sim, eu sou o que vocês chamam de sereia. E sobre esse humano que expôs a nossa vida, sim, nós tivemos que puni-lo e punir a Nay responsável por ter se envolvido com um humano.

Ao olhar novamente para o seu rosto eu percebi que ela também tinha orelhas pontudas, havia uma sereia bem na minha frente pedindo a minha ajuda e confirmando que a espécie dela deu um fim naquele escritor. E pensar que eu nunca mais ouviria o nome da Alana sendo citado novamente.

- Hum... vejo que você ainda está assustada comigo - disse ela cobrindo seu braço outra vez. - Não se preocupe, não vou fazer nada com você.

- Bem, eu agradeço. Mas... você disse que quer a minha ajuda, então, que tipo de ajuda?

- Quero que você me ajude a salvar os meus pais, alguém do meu reino fez algum mal a eles. Nós já tentamos de tudo e nada deu certo, eles simplesmente não acordam. E por você já saber sobre nós por causa daquele livro, já deve imaginar do que realmente iremos precisar.

- A Lótus Dourada... - disse um pouco admirada. - Então ela é real...

- Sim, ela é a nossa última opção. E precisamos ser rápidos antes que a notícia dos meus pais cheguem aos ouvidos dos Ciliz Nay - disse ela com um olhar preocupado. - E pelos meus pais estarem inconscientes, eles podem acabar tentando invadir o nosso reino. Mas os únicos que sabem sobre o estado deles, são os meus irmãos e o Conselho, mas mesmo assim não podemos nos arriscar - ela pegou uma de minhas mãos e envoleu a com as dela. - Por favor... me ajude, descendente de Alana.

- Mas... eu sou apenas uma humana, como eu poderia ajuda-la?

- Acredite, sem a sua ajuda não vamos conseguir sozinhos... Então? Você vai me ajudar? - disse ela ainda segurando minha mão e me olhando de um modo esperançoso.

- Eu... eu posso tentar - disse ao encostar em suas mãos.

Ela abriu um grande sorriso e me abraçou - Obrigada! Buscarei você em três dias - ela se afastou e deu alguns passos para trás. - Escolha alguém para acompanha-la, assim você não ficará muito desconfortável perto de nós. Agora tenho voltar, preciso dar alguns avisos sobre a sua chegada para que o meu povo não desconfie de nada. E preparar os meus irmãos para recebe-la, tomei essa decisão sem o consentimento deles.

Castelo Minori - O Lado Sombrio.Onde histórias criam vida. Descubra agora