O FIM

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RIO DE JANEIRO
2016

O sorriso bobo e os olhos brilhando denunciavam a felicidade de Melissa ao ver Marcelo passar pelo batente da porta e caminhar até ela. Tinham sido longos dois meses separados, e o que mais queria naquele momento era beijá-lo sem ser interrompida.

Queria matar a saudade, tê-lo só para si por pelo menos um dia inteirinho.

– Isso tudo é saudade? – Perguntou o jogador abrindo o sorriso favorito da morena depois de um beijo longo.

Melissa balançou a cabeça, pescando os lábios e o abraçou outra vez, fitando cada detalhe do rosto de Marcelo.

– Sim, e eu mal posso esperar para matá-la bem ali. – Disse brincamdo com os cachos dele, sentindo todo seu corpo esquentar enquanto o provocava.

O jogador sentiu todo seu corpo pulsar no mesmo momento. Não tinha controle algum quando se tratava de Melissa, eno início isso o assustava um pouco, mas não reclamaria jamais contando que pudesse tê-la em seus braços ou em sua cama. Já naquele instante, sabia o que sentia por ela, então não se importou com a reação relâmpaga de seu corpo reagindo a ela.

Sem esperar pegou a morena pela cintura e caminharam juntos até a cama, não demorando muito para ambos estarem nus e exaustos, dentro dos braços um do outro, sentindo-se completos e felizes.

Era como se sempre que estavam juntos.

Enquanto sentia a respiração ritmada dela e o leve carinho das unhas por seu abdome, Marcelo se sentiu o homem mais sortudo do mundo por tê-la. Melissa era como um achado, tão simples e tão complexa. Ele ainda podia se lembrar do dia em que a conheceu — debochando de sua jogada ruim durante o futvôlei na praia.

Ela tinha os cabelos voando enquanto gargalhava ao lado da amiga. Seu rosto já estava vermelho do sol e as leves sardas sobressaiam, assim como a cor dos seus lábios, que chamaram tanta atenção do jogador quanto o barulho que fugia do fundo de sua garganta.

Uma gargalhada cheia de vida que tornou-se seu som favorito naquele mesmo instante.

Havia sido difícil conquistá-la.

Melissa era literalmente osso duro e foram precisas muitas noites juntos para que Marcelo a convecesse de que funcionavam bem juntos, e por mais que tivesse saído vitorioso nessa, ainda não tinha sodo suficiente.

Não tinha porque ainda eram só isso: bons juntos.

Toda vez que o assunto "namoro" surgia Melissa se esquivava ou dava um jeito de distraí-lo com beijos e carinhos, o que o incomodava mais do que gostava de admitir.

O incomodava pra caralho!

Sentiu beijos em seu pescoço, tirando-o de seus devaneios e sorriu para os olhos castanhos brilhantes de Mel que o fitavam atentamente.

– O que tanto você pensa? – Perguntou curiosa vendo a testa dele franzir enquanto ele umidecia os lábios, balançando a cabeça. Mel revirou os olhos e puxou o lençol, sentando-se de frente para ele. – Desembucha jogador.

Marcelo demorou alguns segundos nos olhos dela, descendo por todo o rosto e prestando atenção nos detalhes tão dela, e que ele amava, tentando entendê-la antes de enfim soltar a pergunta:

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