Capítulo 10

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Isabella

Se eu fui ao SPA relaxar? – Claro que sim. Juntei o útil ao agradável, a fome com a vontade de comer. Tive uma semana tensa, confusa e com algumas surpresas. Nem todas boas. Então nada melhor que aproveitar um dia de folga, após uma noite bastante agitada, onde extravasei como a muito não fazia.

No final das contas, foi muito bom eu ter indo no aniversário da Carmen.

No domingo fiquei de pernas para ar, em casa, sozinha, assistindo uma maratona de séries, acompanhada de bastante comida. Quem não gostou nada disso, foi a Líliam. Que no sábado me ligou, querendo saber se tinha rolado algo entre o André e eu. Mas eu disse para ela que, só iríamos conversar na segunda, no consultório. Que era pra ela curtir o noivo dela, que eu ia relaxar o final de semana inteirinho, sozinha.

A minha amiga ficou puta da vida, por causa da curiosidade. E após me mandar algumas mensagens, tentando me persuadir do contrário, finalmente desistiu. Pois estava indo passar o seu final de semana junto com o Wallace e os sogros, que mora em uma cidade vizinha a nossa. Porém tem algo que não consegue me deixar de jeito nenhum. Mesmo com menos intensidade, o Guilherme não sai dos meus pensamentos.

Isso é uma grandíssima merda. Aff...

Hoje é segunda-feira e acordei bem mais disposta e enérgica. Cheguei até mais cedo, do que o meu horário habitual de sempre, no consultório. E como já era de se esperar, a Líliam já estava ao meu aguardo.

- Isabella do céu. Por tudo que é mais sagrado nesta vida, não me deixar passar mais um final de semana inteirinho me corroendo de curiosidade. Eu quase liguei para o André, para sanar minhas dúvidas – dá uma de dramática. Pois sei que ela não teria essa coragem toda. Ou teria?

- Você não é louca, Lí – sorrio. – Antes do interrogatório, que sei que está por vim, me responde uma coisa.

- O quê? – franze o cenho.

- Você ao menos aproveitou a companhia dos seus sogros e noivo, ou ficou somente se ocupando com essas dúvidas?

- Aproveitei também, claro. Na verdade me dividir entre ás duas coisas – dá de ombros, despreocupada.

- Menos mal – comento. – Agora fique a vontade para me perguntar o que quiser – preparo-me para o que vem.

- Depois que foram embora, rolou algo entre você e o André? – sua curiosidade salta dos seus olhos castanhos.

- Digamos, que sim. Rolou alguns beijos e amassos.

- Sério? – se anima. – E o que mais?

- E mais nada, ué. Eu admito que gostei do beijo do André, de ter beijado ele e também da sua companhia, que me pareceu agradável. Porém bem na hora que ele me convidou para irmos à um lugar mais reservado, eu me lembrei daquela pessoa – refiro-me ao Guilherme. – Então interrompi o nosso momento. Sabe, o clima acabou do nada, por um simples pensamento – fico um pouco desanimada.

- Bem, amiga, o que eu acho, é que você precisa resolver logo essa situação, pra se ver livre. Ou seja, tirar este peso das costas, que eu sei que está carregando. Mais do que nunca, agora, você tem que arriscar perder o medo e abrir o seu coração. Somente assim vai se vê livre, e tenho certeza que ás suas dúvidas irão diminuir. Se não arriscar, vai viver nesta inconstante, e nunca saberá se dará certo ou não. Pra seguir em frente, você tem que analisar e jogar suas cartas na mesa.

Ato do Recomeço - Livro 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora