Capítulo 7

960 120 4
                                    

Guilherme

- Guilherme... - uma voz suave chama meu nome, ao pé do meu ouvido.

- Hum... - só faço resmungar, ainda com os olhos fechados, envolto pela sonolência.

- Acorda! Tenho planos para gente. Aposto que você vai adorar - fala sugestiva.

A ponta da minha orelha é mordida, e, beijos molhados são distribuídos por meu rosto, lateral do pescoço, queixo e levemente nos lábios. Agarro o pequeno corpo junto ao meu, escutando uma gargalhada gostosa, logo em seguida. Então, finalmente desperto.

- Você?! - espanto-me ao abrir os olhos e ver quem é a mulher a me acordar.

- Sim, sou eu. Por que o espanto? - passa suas mãos macias e delicadas na minha face esquerda, e sorrir. - Não se lembra de ontem?

E que sorriso lindo...

- Nada, eu só... Esquece - sorrio de volta. - Vamos voltar a aproveitar linda. Onde paramos mesmo, hein?

- Não lembro - dá de ombros, fingindo-se de esquecida.

- Não lembra é... - ela afirma com à cabeça. - Pois eu posso refrescar nossa memória. Afinal, até poucos minutos você sabia, quando estava me acordando.

Viro os nossos corpos, de modo que eu fique por cima dela, e tomo sua boca na minha, em um beijo desesperado. Meu lábio inferior é mordido levemente e sugado para sua boca, o que me faz gemer em contentamento. Minha ereção já se faz presente, ansiosa para possuir e penetrar essa doce mulher, que em meus braços está.

No entanto, como um passe de mágica - se é que existe mesmo à magia -, tudo se dissolve como fumaça. E desta vez, acordo de verdade.

Não tem mulher, não tem beijos é muito menos carícias. Somente uma ereção dolorida e apertada em minha cueca, e uma imagem na minha mente que não ajuda em nada. Só me deixar ainda mais excitado.

Não queria, mas pelo jeito, vou acabar me aliviando com à mão mesmo.

Um sonho. Tudo não passou de um maldito e delicioso sonho. O pior de tudo, é que a mulher com quem sonhei, foi nada mais, nada menos que a Isabella. Sim, eu acabei de ter um sonho erótico com a minha terapeuta. Fiquem a vontade para poder me chamar de pervertido. Pois eu mereço!

Não é a primeira vez que isso acontece. Porém a cada dia, desde o nosso jantar, quase uma semana atrás, tem ficado mais frequentes e quentes. Muito quentes mesmo. Estou sem saber o que fazer pra dá um jeito nisso. Pois não pode ser normal. A realidade, é que de uma forma estranha, eu me sinto bem ao me lembrar dos meus devaneios. Mesmo quando não envolve o sexo.

O que vou fazer, hein? - E hoje ainda, vou voltar a me consultar com a Isabella.

Será que devo contar ou não sobre isso para ela?

*****

Isabella

Adivinha quem está super ansiosa, porque o paciente gato vai vim aqui hoje?

Quem respondeu que sou eu, está certíssimo(a). Até caprichei no visual, coloquei algo menos formal. Essa semana recebi mais um buquê de flores, esse sem bilhete. Mas me animou bastante e me influenciou com a pequena "mudança" de hoje.

Ato do Recomeço - Livro 2 (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora