Chegando ao HGE, entramos direto na sala onde seria feito a segunda tomografia, estava torcendo para que este caroço estranho, o abcesso, tivesse diminuído, horas depois de ter feito, voltamos para o hospital onde eu estava internado, e voltei para enfermaria passado alguns dias o resultado do exame veio nas mãos do Dr. Matias ele disse friamente que o abcesso aumentou 0,5 cm, já não gostei da noticia. Afinal de contas, quem gosta de notícias ruins.
Ele reforçou os remédio e antibióticos, várias agulhas por dia entravam e saiam de minhas veias e quando não acertava a veia era pior dor do mundo mais eu tive que suportar a dor de cada agulha que perfurava meu corpo.
Confesso que depois do Dr. Matias ter reforçado os remédios senti algumas mudanças, tanto no meu bom humor na parte física e mental, sim mental, eu já não estava aguentando mais ficar ali trancado naquele quarto e sofrendo com as droga das agulhas, pensei várias vezes em fugir dali, na minha cabeça só tava o único pensamento, "eu vou morrer mesmo" mais não fiz essa bobagem, até por que não sou nenhum super herói pra fugir de um hospital com um monte de médicos e seguranças, o que me deixava mais triste e sem esperanças era que quando eu olhava para a porta da enfermaria observava umas macas com pessoas dentro de uns sacos cinza.
passado algumas semanas depois do segundo exame que fiz, uma médica que não a conheço veio me aplicar uma injeção que não foi nada legal, neste dia a doutora que cuida de mim estava de licença médica e essa foi a substituta dela, não sei se ela era formada ou apenas estava estagiando, o antibiótico que era para ser aplicado no soro ela aplicou diretamente em minhas veias, não foi um antibiótico qualquer, quase morri naquele dia, meu corpo começou a ficar vermelho, fiquei sem ar, comecei a sentir coceiras por todo o corpo e a médica se apressou e chamou outra médica e viu o que estava acontecendo comigo, a outra médica correu e aplicou outro remédio e alguns minutos fui voltando ao normal.
Neste dia minha mãe entrou em desespero tão grande que eu nunca vi ela daquele jeito foi a primeira vez que a vi assim, naquele momento pensei que eu era o próximo a andar na maca dentro do saco cinza. Por que nem todas histórias acabam com finais felizes.
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Mystery / Thriller~Você certamente tem uma doença terminal, mas existe uma porcentagem dessa doença, isto é, poucas pessoas sobrevivem a isso, exatamente 99℅ das pessoas morrem e tive muitos pacientes que tinham essa doença hoje dormem em paz, nunca tive um sobrevive...