Prologo

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Há séculos, ninjas e samurais vivem em guerra. Uma guerra que já não era por interesses políticos e sim por orgulho. Ambos se expandiram pelo mundo, porém sempre em guerra um com o outro. Com um tempo vários grupos de samurais e de ninjas se tornaram independentes, se dividindo em várias tribos e clãs. No entanto as guerras por território continuavam. Mas em algum lugar esquecido no meio do Japão, já em pleno século XXI, a chama da guerra que crescia com sangue estava prestes a se apagar. Mas para entender essa história temos que voltar um pouco no tempo, onde a caminhada que poderia levar a paz começou, com dois jovens garotos que sonhavam em um dia não terem mais que lutar.

Em 1975, dois meninos de 10 anos se encontraram em um pequeno rio que dividia duas aldeias. Cada um pertencia a uma, que eram inimigas, pois uma era protegida por samurais e a outra por ninjas. Nesse rio eles se olharam ao longe, o primeiro era Mifune, filho adotivo do Líder Samurai, Tachibana. O outro era Hanzo, filho do líder shinobi, Butsuma. Os dois se olharam seriamente, perguntando a si mesmos se deveriam matar um ao outro. Até que Hanzo decide falar:

-Deveríamos lutar até a morte agora? – Perguntou já com medo da resposta

-Não sei. Meu pai diz que só mata quem ele odeia. Você me odeia?

-Ainda não. – Tentou parecer durão

-Então os dois voltam vivos pra casa hoje – Falou enquanto sentava no chão cheio de alívio por não ter que lutar – O que veio fazer aqui a essa hora?

-Eu sempre venho pra cá quando meu velho fica chato. – Falou, Hanzo, enquanto sentava também – Mas e você, o que veio fazer aqui?

-Estava procurando algum lugar na fronteira das vilas que ainda não tivesse virado campo de batalha

-Você acha que essa guerra irá levar a algum lugar?

-Sinceramente, não. Mas já me conformei com essa farsa.

-Farsa?

-Essa coisa que eles chamam de honra. É tudo um disfarce medíocre pra ganância e ego de ambos os lados.

-Se tivesse que arriscar um palpite, diria que você é filho do líder também – Hanzo começou a se identificar com o garoto

-Se você deduziu isso assim, é porque além de filho do líder você concorda comigo

-Pode se dizer que sim. Talvez seja esse tal destino do qual meu tio sempre me fala.

-Que destino?

-Sei lá. Talvez acabar com a guerra de uma vez.

-Pra que se prender ao destino? – Falou, Mifune, enquanto se levantava e se aproximava de Hanzo.

- Acho que não entendi a pergunta

- Vamos fazer disso uma promessa – Falou sorrindo e estendendo a mão – Acabar com essa guerra de uma vez por todas.

Hanzo levantou, já sorrindo, e apertou a mão de Mifune.

Depois daquela noite os dois garotos se tornaram grandes amigos. Embora ninguém mais pudesse saber dessa amizade, eles firmaram um sonho juntos. O sonho de acabar com o confronto e tentar alcançar a paz.

Com essa promessa firmada, ambos foram crescendo e se tornaram líderes de suas aldeias, mas a guerra prosseguia.

Já nos tempos atuais Mifune decide ir até aquele pequeno rio onde guarda boas lembranças da infância. Era noite e o rio ficava perto de uma floresta. Mifune escuta um barulho vindo de trás de uma árvore e se arma para combate. Era um Tigre Branco, que o viu como uma ameaça. O espadachim foi atacado e conseguiu ferir a fera para se defender, mas o tigre conseguiu encurralar ele. Nessa hora, uma kunai com corrente prendeu o pescoço do animal. O samurai escuta uma voz dizendo:

- O que está esperando pra cortar a cabeça dele? - Era Hanzo.

-Estava esperando você aparecer pra festa – Depois disso, Mifune cortou a cabeça do Tigre num único golpe.

Os guerreiros olharam seriamente um pro outro. A tensão no ar indicava um combate, mas o sorriso que surgiu ao mesmo tempo de ambos os lados já dizia tudo. Não eram necessárias palavras naquele momento, mas isso não os impediu de dizer simultaneamente:

- Está na hora de cumprirmos nossa promessa.

E assim começa uma nova era de paz e um novo caminho em direção a uma nova guerra.

Os Guerreiros da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora