Capítulo 9. - It's Forbidden

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(Camila.)

Ando pensando na minha vida a algumas horas, o que duas aulas chatas seguidas não fazem? E por incrível que pareça, tudo que eu penso é em Lauren, e quando eu rosolvo pensar em outra coisa, me pego pensando nela novamente, porque ela me atraí tanto? Algo naqueles olhos que me encaram todo dia, chama minha atenção, e quando eu fecho os meus olhos, são os olhos verdes de Lauren que eu vejo.

O fato é que é estranho pensar assim sobre minha professora de física, ela é minha professora, mas porque não a vejo como os demais professores?
Porque eu não consigo parar de pensar nela? Porque eu não consigo esquecer nenhum dos olhares dela para mim?

Talvez eu esteja ficando louca, isso pode ser coisa da minha cabeça.

-Professor, posso ir ao banheiro? - Pergunto delicadamente ao professor que estava dando sua aula.

-Claro, Camila. - Ele fala, autorizando minha saída.

Como dito, volto a pensar em Lauren de novo, tem se tornado uma tarefa díficil não pensar nela, fico ansiosa, porque nunca vou saber quando vou esbarrar na dona dos olhos que tanto me chamam atenção. Caminho em direção ao banheiro.

Termino de usar o banheiro e olho meu reflexo no espelho, logo depois escuto um quase inaudível som de choro, alguém estava chorando?

Pelo espelho vejo Lauren sair de uma das cabines, limpando seus olhos, sem nem se quer reparando na minha presença ali, até então.

-Ah...oi, Camila. - Fala com um voz de choro quase imperceptível. Ela quer disfarçar que estava chorando?

-Oi, você tá bem? - pergunto, realmente preocupada.

-Estou, são só problemas pessoais. - Fala ela, indo até a pia lavar suas mãos, e seu rosto, que estava sem maquiagem, é estranho o fato de eu a achar completamente linda sem maquiagem, e ficar a admirando ao ponto de ser assustador?

-Se você quiser desabafar, você pode. Sou confiável. - Falo a analisando.

-Briguei com meu namorado, uma briga"fútil" para ele, mas importante para mim. - Que babaca.

-Quer dizer o motivo da briga? - pergunto paciente, pronta para receber um "não."

-Me sinto só, ele viajou, a mãe dele está com problemas, me sinto egoísta por me sentir só. - ela fala olhando o chão, fazendo mechas de seu cabelo negro cair sobre seu rosto.

-Tudo bem se sentir só, você não precisa e nem pode se culpar. - Falo a encarando, e pela primeira vez do dia ela me olha com aquele olhar, aquele mesmo, que parece enxergar tudo em mim, dos erros, até os acertos.

-Obrigada, Camila. - Ela fala ainda me encarando daquele jeito, queria a perguntar o porque de me olhar daquele jeito.

-Que tal a gente ir no shopping depois daqui? - A pergunto, confesso que me segurei para não perguntar, mas algo dentro de mim gritava, tenho o medo de meu convite ser recusado, o que eu estava fazendo? Ela era minha professora.

-Você acha uma boa ídeia, não vai causar problemas? - pergunta ela indecisa.

-Tenho absulota certeza que não. - falo, como se tivesse realmente certeza.

-Então tudo certo, me encontra na saída, tá? - Pergunta ela, se desencostando da pia.

-Tudo bem. - Falo, e ficamos nos encarando, sem nenhuma dizer uma palavra, e era momentos daqueles que eu tinha vontade de gritar, ela me fazia querer gritar a cada vez que me encara. -Ok, já vou, até mais tarde. - Falo, saindo daquele nosso "mundinho parado" falo isso porque, em momentos como esse, parece que o tempo congela, e tudo que eu sou capaz de ver é a figura dela.

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