O grupo tático não sabia quanto tempo demorou, mas o pelotão retornou, embora parte dos homens tenha ficado. Junto com ele, um robô vinha e carregava os "restos mortais" do seu "colega". O líder do pelotão disse:
– Entre e aguarde no canto.
– Sim, senhor – respondeu a voz metálica.
O grupo entrou e ainda havia muito espaço no elevador que tinha mais de quinze metros de lado. Daniel notou os seus homens flutuando ao fundo e começou a fazer cálculos rápidos. O resultado chegou ao mesmo tempo do que o efeito. O robô largou o colega metálico "morto", que caiu com um estrondo, e ergueu o braço armado, começando a girar.
Reagindo com o máximo de velocidade, transportou-se para a frente da máquina, colocando-se entre ela e os soldados axturrs.
– Alto, identifique-se ou será abatido – berrou a máquina. Os soldados viraram-se para ela, abismados, e viram o braço armado. Daniel saltou para fora do alcance e o robô atirou, matando um dos axturrs. Os outros pegaram as armas e aturaram, destruindo a máquina.
Após, foram ver o colega abatido, mas nada mais se podia fazer por ele. O líder levantou-se e disse:
– Era só o que faltava. Primeiro dois soldados e quatro cientistas ficam doidos e agora os robôs. Ainda bem que está tudo perto do fim.
Suspirou e minguem respondeu. Daniel mantinha-se por perto, pensativo.
– "O que foi que aconteceu?" – perguntou um dos centurianos, preocupado. – "Não era para ele nos detetar a apenas três metros ou menos?"
– "Exato" – respondeu o almirante, lacônico. – "Infelizmente demorei um pouco a calcular o alcance. Acontece que somos vinte elementos com os campos de força, invisíveis e antígravos. Era energia demais e ele não precisaria de uma distância tão curta. Mesmo assim, os sensores são fracos."
Chegaram ao fundo e o líder do pelotão disse:
– Vocês dois, levem o corpo para o necrotério. E vocês chamem a equipe de limpeza e o pessoal da robótica. Vou recomendar ao general o desligamento temporário dos robôs, então preparem alguns pelotões para os subsistirem.
Enquanto isso, a equipe solariana saía pelo teto e escondia-se no topo da sala. Era toda de pedra e com uma iluminação precária.
– "Ele deseja sugerir que os robôs sejam desligados" – disse o Daniel, pensativo. – "A questão é que não podemos esperar. Quanto mais juntos estivermos, maiores os riscos. Já que a nossa telepatia é suficiente para nos comunicarmos sem sermos detetados, vamos nos dividir em grupos de dois."
Olhou em volta. O lugar era meio obscuro, até fantasmagórico. A "sala" era enorme e bem uma dúzia de corredores começava no outro extremo. Deles, três eram muito largos a ponto de caberem veículos pesados; Os demais eram estreitos, sendo um deles o tomado pelo chefe da equipe.
– "Vamos nos dividir e seguiremos por esses túneis maiores. À medida que se ramificarem iremos nos dividindo mais" – disse ele, decidido. – "Seguiremos aos pares e manteremos cinco metros de diferença entre um e outro."
Foram avançando e o almirante escolheu o corredor central. Pouco depois, deparou-se com um elevador e escadas. Transmitiu para a sua turma:
– "Os dois últimos grupos devem subir e explorar o nível acima. O resto segue atrás de mim."
Continuaram andando quando uma luz forte surgiu à frente dele. Deu-se logo conta de que era um veículo que vinha pela passagem e era muito grande. Assustado disse:
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DB II - Ep14 -A Nave de Troia
Ciencia FicciónCom o surgimento de outra ameaça às portas do império, Daniel faz a viagem mais longa da história dos solarianos para conhecer os novos amigos e estudar o perigo in loco. É assim que ele se depara com uma trama terrível e tem que deter a Nave de Tro...