Ela me abraçou! Começou a encharcar a minha blusa cinza da Marvel com suas lágrimas quentes que caiam uma por uma seguidamente.
- Qual o seu nome?- perguntei
- Bruna...- quando ela disse isso quase caí para trás , Poxa não podia ser outro nome? Um que não me fizesse lembrar de Bruno e o quão tosco ele ficou?
- OK Bruna. Onde você mora? Vou te levar para sua casa.
- Moro no centro.
- Tá retiro o que eu falei sobre te levar para casa- disse e logo após pude ouvir uma leve risada sair da sua boca- o que está fazendo aqui neste fim de mundo?- eu disse me referindo ao meu bairro.
- Eu estava na casa do meu namo...- ela deu uma pausa, e então continuou- meu ex namorado.
- Hum... Acho que já entendi... O que ele fez?
- Eu estava querendo fazer uma surpresa para ele e como ele mora sozinho ele me deu uma cópia da chave da casa dele, e assim que entrei ouvi gemidos vindos do quarto dele, foi quando entrei e me deparei com aquela cena horrível daquela piranha sentada no colo dele enquanto ambos estavam nus- disse ela tentando conter o choro.
Ela não conseguiu se segurar e começou a falar chorando:
- Nós nunca transamos , e ele disse que me amava do mesmo jeito , pena que eu não sabia que ele estava mentindo. Foi procurar prazer com aquela vagabunda que se dizia ser minha melhor amiga!
"Puta que pariu" acabei pensando em voz alta, com isso ela olhou para mim e começou a enxugar as lágrimas dizendo:
- Obrigada, ah...
- Rafa! Pode me chamar de Rafa.
- Obrigada Rafa, você nem me conhecia e tentou me ajudar, estou muito grata por isso, haha!- disse ela com um sorriso no rosto e as bochechas já rosadas de tanto chorar.
Ronco...
- V- você... Está com fome?
- Ah, um pouco, estava tão ansiosa pela surpresa que literalmente me esqueci de almoçar...
- Será que está tudo bem se você for lá pra casa pra comer um pouco?
Não tinha ideia do que estava fazendo ao pensar na hipótese de levar uma desconhecida para casa. Mas na hora apenas pensei em como ela estava acabada.
Chegamos em casa, retirei o controle do portão do bolso abrindo o mesmo. Entrei e peguei as chaves da casa dentro da caixa de correio pois, meus pais tinham saído. Entramos para dentro e ofereci um pouco de comida a ela que aceitou sem pensar duas vezes, ela realmente estava com muita fome.
Depois de comer, tentei conversar com ela sobre algo que não seria relacionado a seu namoro. Passamos a tarde toda conversando e jogando videogame que descobri que era um gosto em comum entre a gente. 18 horas e ela disse que teria que ir embora. A levei até o ponto de ónibus, nos despedimos e voltei para casa.
Tinha pegado o número dela, passaram algumas horas e resolvi mandar uma mensagem para saber se estava bem. Não demorou muito e recebi uma resposta em forma de um pequeno texto."Muito obrigada, sério muito obrigada mesmo.
Você me recebeu em sua casa, me alimentou, e em poucos segundos se tornou a amiga perfeita que nunca tive.
Me desculpe. As coisas não podem continuar assim. "Depois disso ela não me respondia mais. Passei horas mandando mensagens. Até que:
Celular toca...
Eu: Alô?
Desconhecido: Ah oi, Rafaela?- disse com uma voz trémula como a de quem estava chorando a um tempo.
Eu: Sim, sou eu...
...
Quando ouvi aquela voz de mulher dizendo que sua filha tinha se jogado na frente de um carro tremi...
Nunca tinha ficado tão agoniada em toda minha vida. Nem cheguei a conhecer aquela garota direito, mas no momento que recebi a notícia, apenas pude sentir uma quente gota caindo sobre minhas pernas, quando me dei conta era tarde demais, estava chorando...************************************
Continua...-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-;-
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