Capítulo 7: O Beijo

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Notas Iniciais: Demorando um pouco a postar porque estou escrevendo o resto dessa fic aos poucos. Espero que entendam. Ela já tem 28 capítulos 

Boa Leitura ♥

Meus sonhos foram tomados por Kirkel e Thranduil

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Meus sonhos foram tomados por Kirkel e Thranduil. Ambos brigavam! Aquilo não fazia o menor sentido. Kirkel era do mesmo tamanho que o elfo, porém sabia que ele não era forte suficiente para brigar com o rei. Apesar de nunca ter visto Thranduil lutar, imaginei que só por ser um elfo, tenha habilidades inigualáveis.

Kirkel, no entanto em meu sonho, lutava com bravura. Tinha uma pequena ferida em seu rosto e parecia cansado demais, contudo juntava forças de dentro de si para continuar.

Thranduil, porém, continuava magnífico. Nenhum arranhão em sua pele perfeita, nem uma gota de suor, e nem mesmo parecia perder o fôlego.

Porque estavam brigando era o mistério. Eu assistia sentada em uma cadeira toda talhada em madeira e com folhas de ouro por toda a extensão do braço. Um vestido cinza, com uma calda que pendia pro lado cobria meu corpo tenso pela briga.

No final, Thranduil apenas desarmou Kirkel. Seu olhar frio foi tomado por algo diferente. Ele sentia dó do humano, e com cordialidade ajudou-o a ficar de pé.

– Aceita a derrota? – Thranduil perguntou, fitando Kirkel com ar vitorioso nesse momento. Este que apenas assentiu com a cabeça, desviando seu olhar para encontrar com o meu.

Thranduil saudou-o. Deu meia volta e se pôs a me reverenciar. Senti meu rosto gelar, minhas mãos tremerem e todo o sangue do meu corpo parecer sumir.

– Você me pertence agora. – O rei disse, tomando-me pela mão.

Acordei com o sol começando a entrar pela janela do quarto. Permaneci parada no mesmo lugar, ainda tentando absorver o sonho e imaginando o que ele significava. Thranduil jamais lutaria por mim, aquilo era ridículo! Sabia que não deveria levar sonhos a sério, mas aquilo me perturbava. Desde quando Thranduil teria orgulho que eu o pertencesse? Uma garota que, em primeiro momento, ele considerara ser um monstro? Uma pessoa de espécie diferente da dele, e que não tinha valor algum? Eu era a última pessoa no mundo ao qual despertaria algo no rei, a não ser repulsa e ódio por confrontá-lo.

Já estava inquieta naquele quarto. Não gostava de ficar presa e muito menos ter a sensação de que eu jamais recuperaria a liberdade. Tinha de dar um jeito de sair dali, mas sabia que mesmo que fugisse, a Floresta das Trevas me esperava. Eu não poderia ir sozinha, não sabendo que aquele lugar é amaldiçoado pelo próprio rei para que intrusos não entrem em seu reino. Eu precisava de um plano, e logo, pois por mais que o conforto do quarto fosse maravilhosamente perfeito, eu não queria permanecer ali sem nada pra fazer por mais tempo.

Levantei-me da cama e pus-me a alongar meu corpo. Cada parte parecia rígida pelos longos dias deitada sem fazer nada, e tamanho foi o alívio ao perceber que podia fazer esforço sem me sentir mal.

A Única Exceção Do ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora