XVI - Dadi

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As vezes quando você acha que as coisas não tem como piorar, tudo o que elas fazem é exatamente isso... piorar. Eu e Iasmin saímos um pouco depois do hospital, Kadu tinha sumido e estávamos indo para a casa de Luís, fomos naquela moto velha da Iasmin, as estradas estavam escuras e sombrias, principalmente depois do aparecimento repentino de "A" .

Iasmin quis se arriscar e ir por trás do bar, onde passaríamos do lado do lago, ao invés de irmos pelo centro da cidade (onde chegaríamos mais rápido).

Iasmin quis se arriscar e ir por trás do bar, onde passaríamos do lado do lago, ao invés de irmos pelo centro da cidade (onde chegaríamos mais rápido)

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Paramos na frente do lago e nos sentamos pra deslumbrar aquelas águas calmas na noite, eram tempos difíceis e precisávamos relaxar um pouco. Conversa vai, conversa vem e nos beijamos, foi um momento de luz depois de tantas trevas, os som dos grilos ecoavam na floresta ao redor e a luz da lua refletia na água.

Mas como nem tudo são rosas, aquilo era apenas um momento bom antes do show de horrores.

Uma voz fraca no meio da floresta implorava por ajuda.

- Socorro! - A voz ficava cada vez mais fraca.

- Você ouviu isso? - Perguntei a Iasmin.

- Não - Ela foi se aproximando de mim - Vamos continuar nosso beijo.

- Espera - Me levantei e fui me aproximando da floresta, havia uma trilha de sangue - Quem está ai?

Um garoto aparentemente da nossa idade se aproximou de mim, ele sangrava em diversas partes do corpo.

Um garoto aparentemente da nossa idade se aproximou de mim, ele sangrava em diversas partes do corpo

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- Me ajudem... - O garoto falou e logo em seguida desmaiou.

Não sabíamos o que fazer com ele, poderíamos levar para o hospital, mas e se ele pudesse nos ajudar? eu sentia isso dentro de mim.

Levamos ele para nossa casa e o colocamos no porão, íamos manter segredo dele por enquanto. Fomos para a casa de Luís e aconteceu tudo de ruim que poderia ter acontecido, logo depois de enterrarmos o corpo do Vitor fomos para uma lanchonete próxima.

Eu me sentia mal de ter que esconder uma pessoa dentro do porão da minha casa e não poder falar isso para meus amigos.

Começaram a me fazer perguntas, mas felizmente consegui contornar o assunto e ir embora com Iasmin e um pacote cheio de comida.

- Cachorro? Sério? - Ela riu - Não consegui pensar em nada melhor?

- Calada Fadabunga - Disparei Zangada - Foi tudo que eu consegui pensar na hora!

- Você não tem jeito mesmo - Ela acelerou a moto.

Chegamos em casa e descemos logo para o porão, Alan estava ali ou pelo menos esse foi o nome que demos a ele.

- Obrigado - Ele nos agradeceu.

- Não precisa agradecer - Entreguei o pacote de comida a ele - Só ajudamos quem realmente precisava.

- Agora você precisa contar o que aconteceu - Iasmin falou com autoridade - Como foi parar ensanguentado no lago.

- Eu não me lembro direito - Ele colocou a mão na cabeça - Eu vejo apenas fragmentos de memória: Um carro, um cara, me lembro de estar caindo e sentir dor, as montanhas perto do lago e um... beijo.

- Então tá certo... - Iasmin falou confusa - Esse cara é louco.

- Você precisa se lembrar de alguma coisa - Falei o incentivando.

- NGL 3678 - Ele falou rápido.

- Isso é.. - Iasmin pensou rápido - A placa de um carro!

Buceya - Uma História Diferente (BUHD)Onde histórias criam vida. Descubra agora