Buceya - Uma História Diferente (BUHD)

XI - Luís

Estava lá fora chorando pelo grande fora do Kadu. Sério? Sair correndo?

Me afastei um pouco do pessoal para que não percebessem o quão triste eu estava.

Andei em círculos ao redor do banheiro esperando que Kadu saísse dali, mas ele não saía, foi aí que escutei Vitor gritando:

- Socorro! - Ele saiu arrastando Kadu do banheiro - Pessoal me ajuda!

- O que aconteceu com ele? - Perguntei assustado pegando ele no braço.

- Ele entrou no banheiro vomitando, logo depois ele desmaiou - Vitor falou assustado.

- Duda, abre o carro! - Gritei  - Eu e Vitor vamos com o ele pro hospital.

- Nós também vamos! - Iasmin falou indo com Dadi em direção a moto dela.

- A gente vai atrás - Antônia falou - Eu e Bea vamos de ônibus.

Entramos no carro e Fomos rápido até o hospital, chegando lá esperamos por quase 1 hora.

- Doutor! - Falei vendo que o médico responsável por Kadu se aproximava - Como ele está?

- Luís, Eu serei franco... - Ele falou nervoso - O estado de Kadu é grave...

- O quê?! - Perguntei, incrédulo.

- Kadu está com um Tumor cerebral maligno - Ele falou devagar - Se ele tivesse vindo no médico antes poderíamos ter providenciado algo, mas esse tumor já estava aí a aproximadamente 6 meses...

- Mas caso isso estivesse a tanto tempo na cabeça dele... - Perguntei confuso - Ele saberia, não?

- Ai meu Deus! - Duda falou chorando - Então quer dizer que o tumor...

- Sim - O médico confirmou - O tumor depois de tanto tempo sem receber cuidados se tornou inoperável.

- Mas ele vai ficar bem? - Iasmin perguntou.

- Por enquanto, sim - Ele fez uma cara de tristeza - Mas ele tem pouco tempo de vida...

Eu comecei a chorar, aquilo era horrível demais pra ser verdade.

- Quanto tempo exatamente? - Dadi perguntou.

- Seis meses - O doutor afirmou - Ainda não demos essa notícia para o paciente.

- Pode deixar que eu falo com ele - Bea falou.

- Ele vai passar a noite internado aqui - O médico disse.

- Eu passo a noite com ele - Falei.

- Desculpe, mas o paciente estará na U.T.I - Ele falou - Não poderá ter companhias noturnas.

E foi nesse momento que esquecemos a regra de não deixar ninguém sozinho.