XV - Cada vez pior

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PONTO DE VISTA IASMIN

O sol já havia desaparecido no horizonte e a escuridão da noite cobria o campus novamente, mais um dia sem notícias do Mr.Smile estava chegando ao fim. Havia algo muito errado por trás de tudo isso, como um assassino sanguinário passa dias sem atacar? Não sei se queria realmente descobrir a razão por trás disso tudo.

Na hora do jantar, percebi que estava havendo um clima estranho entre Kadu e Luís, como se estivessem evitando olhar nos olhos um do outro. Paula estava conversando a um bom tempo com Ariadne, o que era estranho já que alguns dias atrás, elas se odiavam de uma maneira absurda.

Christine estava amarrada no canto da sala, onde Duda a alimentava. Não confiávamos nela o suficiente para deixá-la desamarrada por um segundo sequer, não ainda. Ela não nos dava nenhuma informação útil a um bom tempo, nossa paciência estava acabando.

- Essa sopa está ótima - Falei - Foi você que fez, Alan?

Alan estava distraído, vi que ele estava olhando na direção de Vitor.

- Alan? - Perguntei - Você está me ouvindo?

O mesmo pareceu acordar de um transe, como se estivesse dormindo de olhos abertos.

- Ah... Sim, foi eu - Ele respondeu, ainda distraído.

Continuei comendo, apenas refletindo sobre os últimos dias e sobre o que Mr.Smile poderia estar planejando contra nós. Ao terminar o jantar, ajudei a recolher os pratos e talheres da mesa, ao final de tudo reuni os outros para um último interrogatório com Christine.

- Então, te demos o prazo de uma semana e meia pra abrir a boca e falar o que queremos - Falei, olhando nos olhos dela - Essa é sua última chance.

Christine levantou a cabeça e riu.

- E o que vão fazer se eu me recusar? - Christine perguntou, em um tom desafiador.

- Vamos entrega-la para a polícia - Respondi, rispidamente.

Christine permaneceu calada, porém continuava rindo de nós.

- Vitor, Alan, vamos leva-la para o departamento de polícia - Peguei a chave do carro de Bea - Vou pegar seu carro emprestado, Okay?

- Tudo bem - Bea respondeu - Cuidado com ele.

Passamos um bom tempo dirigindo, a universidade era bem afastada da cidade grande. Chegamos em uma parte da estrada que passava do lado de um abismo, conhecido como "passagem para o submundo", devido a sua profundidade.

A estrada estava deserta e muito escura, sendo que os postes de luz estavam funcionando perfeitamente. No carro, o silêncio reinava, o único som que ouvíamos era do vento.

- Christine, está dificultando muito mais as coisas - Falei - Mr.Smile não vai te machucar aqui, pode confiar na gente.

Christine parecia estar cedendo, como se a qualquer minuto fosse falar algo.

- Vocês não fazem ideia do perigo que estão metidos, ele não está sozinho - Christine falou - Ele tem o apoio financeiro de um milionário.

- O quê? - Vitor perguntou - Qual a razão de um cara podre de rico ajudar um assassino?

- Se o cara rico ganhasse algo em troca, seria um bom motivo - Christine respondeu - Sabiam que os assassinatos podem fazer a universidade fechar? Não acham que aquele terreno é ótimo para um fábrica ou empresa?

No meio da conversa, um farol enorme apareceu ao lado do nosso carro, estava em uma distância relativamente longe.

- É impressão minha ou aquele carro tá se aproximando? - Alan perguntou, olhando atentamente pela janela.

- Não é impressão, acho melhor acelerar - Falei, acelerando mais o carro.

O outro carro logo estava ao nosso lado novamente, provando que o que fiz não foi o suficiente. Sem demora, ele bateu com muita força na parte de trás do nosso carro, fazendo-o sair da estrada e capotar. Minha visão ficou turva, ficando inconsciente em seguida.

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⏰ Última atualização: Feb 17, 2020 ⏰

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