volto logo

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o céu tava escuro, e acabamos passando por algumas ruas sem muita iluminação. ousei chegar mais perto de ana clara algumas vezes, o que fez ela ceder e estender a mão para mim. durante todo o percurso de volta da padaria, nossas mãos estavam juntas. só soltamos quando chegamos muito perto da casa de vovó. ainda assim, relutei. não queria soltar as mãos mais macias que eu já tinha segurado.

***

quando chegamos, ninguém sabia fazer outra coisa sem ser reclamar do tempo que levamos entre a casa e a padaria, que nem era um trajeto longo.

- vocês foram fabricar o refrigerante, minhas lindas? - rafa perguntou, assim que pisamos na casa

- elas tavam é fazendo outra coisa, isso sim! - julia rebateu afiada

- JÚLIA! - gritei, repreendendo minha melhor amiga. ela era ótima, mas definitivamente não tinha limites.

***

quando acabamos de lanchar, rafa logo disse que eles tinham que ir embora. já estava quase na hora do último ônibus, e levei os dois até o ponto. quando chegamos, me despedi de rafael primeiro:

- adorei a tua presença, rafa! volta sempre, tá bom? um cheiro.

- obrigada, vi. também amei a tarde. cuida bem de aninha! - rafa disse, me deixando mais vermelha do que chiclete de morango.

quando o soltei, ninha já veio me abraçando de surpresa, o que quase me levou pro chão, mas não me importei muito.

- vi, eu amei a tarde contigo. podemos marcar isso de novo? - ana pediu com os olhos baixos.

- é claro, meu anjo. eu também amei a tarde. mas pode ser só a gente? fico meio tímida perto do teu irmão. - rebati, na esperança de ter ana só pra mim, um dia inteiro.

- se for só a gente, eu volto logo. - ana sussurou como assunto encerrado e recebeu meu sorriso como resposta.

***

eu sabia que ana voltava, mas não sabia que seria tão logo. recebi uma mensagem na quarta, dois dias depois do pôr do sol

ninhadomel
19:30
vi, vamo se ver amanhã?

vivi falcones
19:35
oi ninha, vamo sim. quer ir pra casa de vovó?

ninhadomel
19:35
pode ser, chego aí às 15h. xêruu.

passava das 14:30 e nem sinal de ana clara. cheguei na casa de dona efigenia três horas antes do marcado, almocei com ela, conversamos um pouco sobre as fofocas da família, deitei no meu quarto, reparei um quadro novo que vózinha comprou pra mim. e nada de ana clara chegar. será que ela não conseguiria sair de casa? será que ela desistiu? todos os meus pensamentos foram encerrados quando ouvi alguns gritos na janela.

- VIIIIIII! ABRE AQUI PRA MIM!!!!!!

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oiê,
queria dizer que vocês são muito histéricas!!!!!!
um dos principais motivos que me impediram de escrever: eu não tava conseguindo copiar e colar o travessão (escrevo a história pelo celular), então a partir de agora, os diálogos serão com o hífen (-), perdoem!
ah, o coraçãozinho num tá 100% bem não, mas vocês mereceram um capítulo novo. eu sei a tortura que é esperar capítulo novo de fanfic!
obrigada por lerem mais um capítulo por aqui.
cheiro em todxssss!!

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