Num bairro de São Paulo, um ruivo chamado Pedro estava deitado em sua cama, sem camiseta e ao lado de uma mulher nua que ele não lembrava o nome, quando ouviu seu celular tocar.
— Cala boca, cala boca celular... maldição! Só pode ser o Thiago...
— Alô, 'que 'cê quer?
— Vai me tratar mal assim mesmo? Não vou te falar que abriu a vaga que você tanto queria aqui no Colégio.
— Você está brincando? — Disse sentando e endireitando o corpo imediatamente. Pedro Farias tinha 24 anos, era ruivo e possuía um corpo atlético de 1,86 de altura, do qual se orgulhava. Ele era professor de Educação Física de uma escola do Estado de São Paulo. Estava de licença prêmio e por isso aproveitava saindo todas as noites para a farra, afinal não precisaria acordar cedo no outro dia.
— Claro que não. Mas você precisa vir imediatamente para cá. É para início imediato. Tipo já. Daqui a duas horas começam as primeiras aulas. Corre. Ah, vou te mandar um arquivo em áudio para vir escutando a respeito das regras e demais "coisinhas" daqui da escola. Sabia que um dia te enviaria esse arquivo. – Thiago era um grande amigo de Pedro, era tão amigo que decorou todo o currículo do rapaz, para assim que surgisse uma vaga no Colégio Nipo-Brasileiro, Thiago pudesse indica-lo, como fez agora.
— Obrigada meu lindo, eu vou escutando sim, mas já te adianto que estou ciente das regras japonesas, Lima-Sensei. Arigatou e Gambatte para mim.
Com isso a ligação foi finalizada. Pedro avisou a sua convidada que ele sairia e que, infelizmente, ela deveria partir também, afinal não poderia deixar a casa aberta, já que passaria do dia fora. Além do que, Pedro tinha umas regras peculiares relacionadas aos relacionamentos com mulheres: pegue e não se apegue, não se apaixone, não ame, não fique com mulheres mais velhas, não namore quem tem filhos, não tenha conversas profundas, não tente resolver os problemas dela.
Pedro correu tanto para chegar no horário, que nem atualizou o "grupo dos brows" sobre sua conquista. Fazia muito tempo que ele queria entrar naquela escola, pois era a que melhor pagava os professores, além de admirar toda a história e conquista do colégio. Já recebera muitas propostas boas, mas a única pela qual trocaria a Escola Estadual era a do Colégio Nipo-Brasileiro. E agora era sua hora.
Quando estava próximo a escola, um homem branco de roupa social passava ao seu lado. Pedro pegou o celular para enviar uma mensagem a Santiago, quando esse moço furtou seu celular e fugiu. Pedro correu atrás dele, mas tropeçou em uma saliência da calçada e praguejou por ter se machucado. Agora estava sem o celular e com uma péssima aparência para uma primeira impressão.
Mas quando o ladrão estava prestes a virar a esquina, uma Policial Militar da força Tática, que já tinha avistado de longe, pediu para que o motorista da viatura desse a volta no quarteirão e prendeu o ladrão no flagrante. Ela observava o rapaz, pois suas características batiam com algumas descrições feitas por outras vítimas.
Por coincidência o terceiro homem da viatura era Adom, amigo de Pedro, que estava estagiando para conquistar um braçal.
— Olha só, o príncipe foi salvo pela princesa na viatura branca. – Ironizou ao amigo que sorriu sem graça. Adom era um rapaz negro, bem afeiçoado de 22 anos. – Veja só, ia mandar mensagem para o Santiago primeiro. Que palhaçada, porque não manda no grupo, só gosta dele é? – Disse enquanto olhava o celular de Pedro.
— Adom, mais respeito com a vítima. – Disse a Tenente que comandava o pelotão daquele dia.
— Não se preocupe tenente, ele é meu grande amigo. – Falou sorrindo para sua parceira.

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Primeira vez amor
RomantiekCristiane é uma Policial Militar do Estado de São Paulo. Ela tem 2 filhos e agora, um ex marido, com quem vivia uma relação abusiva. Pedro é professor de Educação Física, ruivo, bonito e muito libertino. Os dois se conhecem, quando a policial captur...