The Cure - Will You Survive?

·Chapter Four·

*Dentro do navio*

O grande navio emitiu um som estridente que indica sua partida. As pessoas se afastavam e viam o navio sumindo no horizonte. E dentre essas pessoas, Ely e Zach.

Dominik estava em seu quarto seu celular estava sem área, então não podia acessar a internet, nem se comunicar com o mundo fora do navio.

-Ótimo!

Ele levantou da cama e foi até a porta. Ele se via no corredor de todos os quartos daquele bloco.

Os quartos eram divididos em três blocos: A, B e C. Que iam do mais caro ao mais acessível, respectivamente. Dominik se encontrava no bloco B, que não era tão caro mas era dentre os três, o melhor.

Ele anda pelo corredor e por acidente, esbarra em um garoto.

-Desculpa.

O garoto o olhou com um olhar vazio e continuou andando. Dominik não sabia o que fazer ali, tudo era muito chato sem Ely.

-Com licença, sabe onde fica o restaurante?

Uma garota ruiva perguntou ao tocar no ombro de Dominik, que se assustou.

-Ah, não. Sinto muito.

A jovem agradeceu com um sorriso e continuou andando.

Após explorar o navio, Dominik encontra o restaurante, lá também havia a divisão por blocos. As pessoas do bloco A sentavam em mesas com taças e talheres cristalinos, e comiam comidas refinadas feitas por cozinheiros. O bloco B, comia no lado oposto ao bloco A, com janelas do lado das mesas e podiam escolher comidas normais ou lanches. E diferente de todos, o bloco C comia numa só mesa grande, numa parte afastada, eles comiam uma comida simples e tinham direito à escolherem dois tipos de frutas. Ver tudo aquilo fez Dominik pensar sobre a diferença de classes que havia ali e em como o dinheiro ajudava. Ele resolveu não comer, apenas sentou em uma mesa com um copo de suco e ficou observando as pessoas.

-Posso sentar?

Ele levantou o olhar e viu um rosto familiar. A menina ruiva de antes.

-Claro.

Ela sentou de frente para ele com uma bandeja recheada de guloseimas.

-Julie.

Ela disse e sorriu. Seus olhos verdes esmeralda brilharam.

-Dominik.

Ele a cumprimentou de volta com um sorriso. Os dois conversaram por um tempo, ela falava sobre como se sentia feliz por viajar com seu namorado para Paris.

-E decidiram ir de navio?

Ela olhou pela janela.

-Só queria passar mais tempo com ele.

Dominik viu que algo estava errado então resolveu mudar de assunto.

-E onde ele está?

Ela voltou o olhar para Dominik que bebia um gole do seu suco.

-No quarto. Dormindo.

Os dois continuaram conversando até que Dominik se sentiu cansado e resolveu se deitar. Os dois se despediram e tomaram direções opostas.

No corredor que dava ao bloco C, Dominik viu uma mulher. Ela estava pálida como um fantasma, tentava falar algo mas sua saliva escorria da boca como um animal raivoso. Ela se ajoelhou e vomitou um líquido vermelho. Sangue.

Dominik se assustou e continuou andando. Já no seu quarto, a cena da mulher não lhe saía da cabeça. O que ela tinha? Seria perigoso? Ele se perguntava.

Seus pensamentos foram interrompidos por batidas na porta.

Ele levantou e abriu a porta. Não havia ninguém. Ele desceu o olhar e viu um envelope no chão.

"É bom se proteger, coisas vão acontecer."

Ele leu o que estava escrito no envelope e voltou à olhar o corredor. Não havia ninguém.

Ele deixou o envelope na cômoda ao lado da cama e saiu. Ao sair do quarto ele pôde ver uma sombra virar no corredor que dava ao bloco C. Ele correu, mas ao virar não viu nada. Exceto a grande poça de sangue da qual ele se lembrava muito bem.

-Dominik?

Seus olhos encontraram os de Julie. Ela estava acompanhada de alguém. Seu namorado.

-Ah...Olá Julie.

Um silêncio pousou sobre todos até que ela resolveu quebra-lo.

-Este é Kaleb, meu namorado. Kaleb, este é Dominik, um amigo que fiz no restaurante.

Os dois trocaram apertos de mão e sorrisos. Após isso, Dominik voltou a olhar o corredor.

-Algo errado aí?

Julie olhou para o corredor e seu rosto, que até então estava com um sorriso, ficou assustado.

-Eu não sei bem. Na verdade, acho que algo está prestes à acontecer.

Os três se encararam, o ambiente estava com um clima silencioso.

-Vamos ao restaurante. Lá é maior, podemos conversar melhor.

Então assim fizeram. Os três se dirigiram para o restaurante e sentaram numa mesa afastada. Dominik começou:

-Quando nos despedimos e eu estava indo para o meu quarto, vi uma mulher lá. Ela estava estranha, parecia doente.

Ele hesitou por um momento.

-Aquela poça de sangue, é dela. Ela vomitou aquilo.

O rosto de Julie expressava medo. Ela olhou para Kaleb, que a confortou num abraço.

-E tem mais, deixaram uma carta para mim. Falava que algo iria acontecer. Não entendi muito mas acho que alguém vai fazer algo aqui.

Nesse momento, quatro seguranças do navio passaram correndo pelo restaurante. Foram na direção dos blocos.

-Atenção. Peço que todos fiquem aqui e não saiam até que alguém venha.

O último segurança falou e em seguida fechou a porta, trancando-a pelo outro lado.

-E agora, o que vamos fazer?  

Julie, Kaleb e Dominik olhavam ao seu redor. Haviam mais sete pessoas ali, e eles não sabiam o que fazer...

"O jogo está para começar..."