·Chapter Five·

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*Dentro do Bloco C*

O bloco C era um lugar simples, era pequeno e com pessoas humildes. Sentado num canto, estava Philip.

-Jovem, poderia me ajudar com esta mala?

Ele olhou para cima e viu uma mulher um pouco pálida. Apesar de sua aparência parecer rude, ele foi ensinado à ajudar os outros. Ele levantou e segurou a alça da mala com a mão direita, andando em seguida.

-Você viaja sozinho?

Ele não queria falar muito sobre sua vida por ali. Estava fugindo de algo da qual não tinha culpa.

-Sim. Aqui está bom?

A mulher se apoiou na parede e suspirou. Parecia mal.

-Sim. Obrigada.

Ele andou e se dirigiu ao restaurante. Escolheu um lugar afastado do bloco C e sentou. Na mesma mesa estava um outro rapaz, ele tinha um olhar vazio e olhava para uma folha sobre a mesa.

Seguranças correram até o corredor que dava aos blocos e um deles mandou todos ficarem no restaurante.

-Alguém sabe o que está acontecendo?

Uma mulher magra e enfeitada de bijuterias se levantou e quebrou o silêncio. "Bloco A" , Pensou Philip.

Ninguém falou nada, ela sentou novamente no seu lugar e voltou a falar com as outras pessoas sentadas com ela.

Philip correu o olhar por todo o restaurante. Dez pessoas ao todo.

Seu olhar rapidamente se encontrou com o olhar de um garoto que estava sentado na mesa do bloco B com uma garota ruiva e um cara que parecia ser seu namorado. Philip desviou o olhar e viu um homem levantar e andar até a porta que fora trancada pelo segurança.

-Tem algo muito estranho acontecendo...

Ele disse após olhar pelo buraco da fechadura.

-Parece ter acontecido algo muito grave...

Ouve-se um tiro. Dois. Três. Silêncio.

-Meu Deus!

Uma outra mulher do bloco A disse assustada.

-O que está acontecendo? O que você está vendo senhor?

O homem se afastou da porta.

-Não sei bem...não dá pra ver nada, só o corredor.

Todos ficaram em silêncio, esperando ouvir algo. Philip olhou novamente para o garoto que agora estava com seu olhar na direção de uma janela.

-Eu não sei vocês, mas eu não vou ficar aqui.

Um homem grande e com um grande bigode levantou e saiu pela outra porta.

Todos, que até então olhavam para o homem que havia saído, voltaram seu olhar para a porta ao ver a maçaneta girar.

-Shhhhhh.

Todos ficaram em silêncio.

A maçaneta girou, mas a porta estava trancada. Por um momento eles ficaram aliviados, mas o alívio logo sumiu quando eles ouviram o barulho de uma chave.

-Afastem-se, ali. Vão para perto daquela porta.

O homem que olhou pela fechadura agia rápido, tentando proteger todos. A maçaneta girou novamente, e dessa vez, a porta abriu.

-Socorro...

A imagem que se revelou foi a de uma mulher muito ferida. Seus olhos estavam totalmente pretos, seu corpo todo estava sem pele e havia muito sangue.

-O que houve lá dentro?

A mulher agonizava. Pedia ajuda. E depois de vomitar algo no chão, ela cai. Morta.

-O que vamos fazer? Não podemos ficar aqui.

As pessoas começavam a ficar assustadas e agitadas.

-Calma. Venham todos para essa mesa e vamos discutir a situação.

Todos foram até a maior mesa do restaurante e sentaram.

-Bom, vamos começar pelos nomes, sou Noah.

Por um momento, alguns ficaram calados.

-Sou Dominik, eu estudo medicina.

-Julie, e esse é o Kaleb, meu namorado.

-Philip.

E logo todos disseram seus nomes. A mulher magra e cheia de bijuterias se chamava Helena, havia mais duas mulheres com ela, Patrice e Hermione. Os últimos foram um homem chamado Hildebrandt e um garoto chamado Matthew.

-Certo, feito as apresentações. Temos agora que saber o que fazer.

Hermione interrompeu Noah.

-Onde estão as outras pessoas?

Helena e Patrice sorriam como se ela tivesse ajudado todos. Noah balançou a cabeça e voltou a falar.

-Bom, como nós não sabemos o que aconteceu, temos que procurar um lugar seguro.

-Que seria?

Hildebrandt perguntou um pouco nervoso e depois olhou para a porta aberta.

-Bom. Pensando bem, acho que qualquer lugar longe daqui serve.

Philip, que até então estava calado, levantou e andou até a porta aberta.

-Garoto! Não vá por aí!

Helena, Patrice e Hermione falaram quase que em uníssono. Philip não deu ouvidos e se abaixou, observando o corpo da mulher. Depois de um tempo ele voltou com a chave na mão.

-É a chave. Devemos trancar as portas?

Hermione olhou para suas companheiras e então levantou-se.

-Achamos que devemos sair daqui o quanto antes, achar o capitão e informar tudo.

Philip deu um sorriso sarcástico e a olhou com desprezo.

-Você ao menos tem ideia do que está acontecendo?

Ela não respondeu, apenas torceu o rosto e voltou a ouvir.

-Então...Acho que devemos dividir. Dois grupos, um aqui e outro para ir até o capitão.

Eles se olharam, tinham medo de sair e também de ficar. Antes de dividir, precisavam de um voluntário.

-Eu vou.

Dominik levantou a mão, em seguida Julie e Kaleb.

-Eu também.

Philip foi até a porta e trancou-a novamente.

-Certo então. Dominik, Julie, Kaleb, Philip e Matthew. Vocês vão até onde o capitão está e vão informá-lo.

Todos concordaram. Dominik se sentia indiferente em reação a Philip, mas não deu muita importância.

-Ok. Vamos.

Eles abriram a porta que dava ao corredor e o salão de festas, quase no mesmo instante, todos sentiram um arrepio na espinha.

"Esse é o começo do fim..."

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