Girls Like You ⟐ Byun BaekHyun

⇴ Capítulo 16

MinHee POV

No dia seguinte eu estava a sair da escola de condução mas alguém põe-se à minha frente, levanto o olhar e vejo alguém que já não via há 7 anos e que esperei nunca ter de voltar a vê-la, é a minha mãe.

Eu: O que estás aqui a fazer? -pergunto chocada-

Mãe: Vi na televisão acerca do teu noivado com um homem rico, mais pessoas para enganares com a tua demência, tu tens de ser internada -diz olhando-me de cima a baixo, eu odeio-a tanto, ninguém percebe o quanto nós nos odiamos-

Eu: A única demente aqui és tu e o teu marido -digo séria e ela levanta a mão para me dar um estalo mas lembra-se que está num sítio público-

Mãe: Conseguiste fazer com que todos acreditassem que o teu pai é um monstro, mentis-te, inventas-te histórias só para o prenderem e tu poderes fugir, ele sempre quis o teu bem e o nosso bem e tu fizeste com que ele passasse por monstro, tu és um monstro, só queres saber de ti, só sabes mentir e estragar a vida às pessoas -diz furiosa, ela dizia-me isso desde o início mas eu nunca quis saber-

Eu: Não foi mentira nenhuma, se não houvessem provas ele não teria sido preso, mas acho que quem precisa de ser internada és tu porque estás a viver uma vida que não existe, ele nunca quis saber de nós, só queria tudo da maneira dele, tudo perfeito sem qualquer erro e quando assim não era quem pagava o preço era uma de nós, tu imaginas coisas que não existem, eu contei a verdade e eles encontraram as provas, deixa de ser uma iludida que pensa que tinha o casamento e a família perfeita mas nada foi assim -digo séria, ela não pode continuar a pôr em culpa em mim por ter tirado aquele monstro das nossas vidas-

Mãe: Cada vez estás pior, como é que é? Ah Kim MinHee, a tua filha chama-se Nuri, que engraçado, ao menos sabes quem é o pai? -pergunta e eu respiro fundo com uma vontade enorme de a agredir, ela não percebe mesmo que a verdade foi aquela que eu contei à polícia? Puta que a pariu-

Eu: Não tenho de te dar satisfações, desaparece da minha vida como fizeste até agora, deixa-me viver em paz -digo e começo a ir embora mas ela agarra-me pelo braço-

Mãe: Se me tiras o homem que eu amo nem penses que tens direito a ser feliz ou a viver em paz, muito menos com aquele homem, ele é demasiado para ti e ele vai descobrir o que tu és mais cedo ou mais tarde, é bom que lhe contes agora para ele poder fugir enquanto pode -diz séria e eu empurro-a e saio dali andando até casa, quando chego a casa suspiro aliviada, o sábado estava a chegar e tínhamos de começar a preparar o casamento todos juntos aff, começo a achar que foi uma má ideia, todo o meu passado parece estar a voltar-

Sento-me no sofá e do nada recebo uma chamada a cobrar mas mesmo assim atendo, costumam ser chamadas da prisão... mas ele não tem o meu número nem o consegue arranjar certo?.... Não pode ser ele, alguns segundos depois ouço a voz do outro lado, uma voz que podia ter vários significados e várias recordações mas nenhuma delas era boa.

Eu: Porque é que me estás a ligar? Como é que conseguiste o meu número? -pergunto aflita, assustada e em completo pânico, eu consegui desaparecer por 7 anos mas agora tudo está a voltar porquê?-

Pai: Meu amor eu sempre te irei encontrar, a tua mãe contou-me que apareceste na televisão, mas que bonito, a minha filha vai-se casar e eu nem a posso levar ao altar porque vou ficar aqui o resto da vida graças a ti, mas eu não te odeio por isso, tiveste de fazer o que foi preciso mas isso não quer dizer que te viste livre de mim, sempre serás minha e sempre terás as nossas memórias contigo, eu sei disso pequena -diz e eu arrepio, quase que aposto que ele está com um sorriso neste momento, o que é que eu fiz para merecer isto? Eu só queria o dinheiro para poder cuidar bem da Nuri-

Eu: Nunca mais me ligues por favor, eu não te conheço -digo quase desligando mas ouço o que ele diz-

Pai: Isso querias tu mas seja qual for o teu nome sempre me irás conhecer, seja o teu nome MinHee ou não -diz e eu desligo rapidamente-

Depois disso fecho-me no quarto e respiro fundo várias vezes tentando não ter um ataque de pânico, depois de tantos anos eles conseguiram encontrar-me, eu posso mudar muita coisa mas não me posso mudar a mim, a minha cara continua igual e eu continuo a saber o meu passado, ele não se apagou apenas porque eu resolvi parte dele, todos os dias vejo o meu passado mas nunca da forma que o vi hoje, ouvir a voz que mais me atormentou toda a minha vida era como um pesadelo por isso apenas me deitei como uma bola na cama bem encolhida e chorei como costumava fazer durante vários anos...