" Meu primeiro beijo"
5 Anos atrás:
"Eu tinha 13 anos quando dei meu primeiro beijo. Foi o segundo melhor beijo da minha vida. Porque eu senti as borboletas necessárias no meu estômago, senti uma alegria incomparável e o melhor de tudo o amor."Me levantei cedo como todos os dias para ir à escola. Cocei os olhos, porque mesmo que eu levantasse todos os dias bem cedo, eu era incapaz de no dia anterior dormir cedo o suficiente para conseguir acordar. Ainda cheia de sono sentei na cama.
- Olly! - minha mãe gritou. Eu não consegui responder por conta do sono. - Olly, Olly! Vou molhar você com água gelada se não acordar. - se eu não sair desse quarto ela vai continuar gritando e o pior de tudo é se ela chegar com água gelada.
- Mama, já acordei! - gritei de volta.
- Então saí da cama. Não tarda e já serão 7 horas.
- Que horas são mama?
- Faltam 10 minutos para às 7 horas.
Quando ouvi aquilo saltei rapidamente para fora do quarto. Fui logo para o banheiro. Tomei meu rapidamente. Eu podia acordar tarde até, mas atrasar na escola, isso é terrível. Não me lembro de algum dia ter atrasado e não quero que hoje seja o primeiro.
Saí do banheiro, olhei para o relógio que se encontrava na parede por cima da porta que dá acesso da sala à cozinha. E só eram 6h:30', verifiquei de novo e essa hora era mesmo a verdadeira porque olhei para o visor do meu telefone e estava certo sim.
Minha mãe como sempre, me apressando além da conta. Que raiva. Não gosto disso mas ela sempre faz a mesma coisa.
......
- Oi, Olly! - Ginna que é quase minha melhor amiga me cumprimentou com um vasto sorriso no rosto.
Eu digo que ela quase minha melhor porque apenas a conheci esse ano e só faz 3 meses. Mas eu gosto muito dela, nós partilhamos um monte de coisas. A minha tia vive dizendo que ela é muito assanhada e tudo mas eu gosto dela. Nada mais importa.
- Tudo bem, Ginna? - devolvi a mesma intensidade do sorriso dela.
- Muito bem, eu descobri um coisa... - ela é super empolgada mas hoje ela está extrapolando a empolgação normal.
- O que é? - sorri
- O Theo gosta de mim!
O meu sorriso se esvaiu, senti meu estômago se embrulhar, o meu mundo parar, e a tristeza invadir meu ser. Nunca me senti tão mal em toda minha vida.
Olhei de novo para ela: - Você tem certeza?
- Sim. - voltou a sorrir, e seu sorriso passou a ser irritante, não cativante. - Você não vê como ele olha para mim?
Eu sempre pensei que ele olhava diferente para mim, não para ela. Mas sempre que eu falava com ele a Ginna estava perto, eu nunca tive coragem de falar com ele a sós. Eu ficava muito nervosa, então sempre evitei. Mas quando a Ginna estava perto eu conseguia, olhar para ele, ficar perto dele. Mesmo estando nervosa e sentindo que a qualquer momento eu ia chorar, não chorar de tristeza, só lacrimejar mesmo. Por isso eu não gostava de olhar muito para ele.
- O que foi? - ela perguntou segurando em meu ombro. E um pouco preocupada.
- Desculpa, estou com dor de barriga. Vou ao banheiro, a gente se vê!
Ando rapidamente até o banheiro, eu não menti para ela. Não sei se isso é dor, mas a minha barriga está estranha. E o meu coração também, parece um aperto, uma vontade de falar ou gritar mas sem saber de facto o que falar ou gritar.
A Ginna é linda, muito linda mesmo. É o que o meu professor de matemática sempre diz... Por isso o Theo gosta dela e não de mim. Eu já deveria saber que com a aparência que eu tenho ele não se interessaria por mim, fui tola, burra, estúpida e tola para acreditar que ele se apaixonaria por mim.
Lavo o resto. Olho para o espelho do banheiro e descubro o lixo que sou. A minha amiga toda feliz eu a cretina a fiz ficar preocupada sem motivo por minhas idiotices. Sou a pior amiga que existe. Por isso ela é minha única amiga eu não mereço amigos. Eu tenho que ir falar com ela.
Corro para sala, mas nenhum sinal dela. Vejo o Theo andando com o Alan. Fico parando olhando para eles, pensando se pergunto onde está Ginna ou simplesmente os deixo passar.
- Gata. - o Theo diz quando chega perto de mim. Fico nervosa de novo, tento abrir a boca para falar algo mas não consigo.
- Vamos rápido, Theo! - o Alan disse o apressando.
Ele olhou rapidamente para ele e logo voltou seu olhar para mim. Ele foi caminhando mas depois voltou e pressionou seus lábios contra minha bochecha. Fechei os olhos por instantes, senti seus lábios sobre minha bochecha, meu coração em meu peito palpitando, um sorriso surgiu em meus lábios, meu estômago pior do que antes, borboletas invadiram ele.
Logo, ele foi embora sem dizer uma palavra se quer.
Ele beijou minha bochecha. Ele me beijou a bochecha. Ele gosta de mim. Ela gosta mesmo de mim.
Fiquei estagnada aí por alguns muitos segundos até alguém tocar meu ombro.
- Olly, eu estava procurando você! - Ginna disse.
- Eu também procurava por você!
- O que aconteceu? Você está sorrindo.- Nada de mais... - ela parece gostar dele então não vou estragar mesmo que ela pense que o Theo gosta dela. O importante é que eu sei que ele não gosta.
" Pode não ter sido na boca. Mas eu senti todas as emoções relevantes, como se o beijo tivesse sido na boca. Eu nunca esqueci dele. Porque foi o meu primeiro beijo especial."
***
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Doce Meio Amargo
Teen Fiction"É como se tudo fosse a soma do que queremos para nós mesmos, como se tudo girasse em volta do que mais se quer. Vi-me presa em ti como nunca me tinha prendido à alguém, você é como um encontro entre bem e o mal um eterno nuance entre o paraíso e o...