O sinal indicando que a aula acabou bate, ele me assusta pois no mesmo segundo eu iria me pronunciar para Ackles por causa de mais uma de suas perguntas sobre a matéria. Ele sabia que eu não estava prestando a atenção, mas insistia em continuar me perguntando as coisas.
- Vocês tem até semana que vem para terminar o romance que Sr. Fergus passou. - Professor Ackles murmura enquanto arruma suas coisas na mesa, ele se preparava pra sair, provavelmente essa seria sua última aula, ou seja, minha única chance de conseguir conversar em particular com ele até semana que vem.
- Professor Ackles? - O chamo. Eu não sei exatamente o porque deu estar falando com ele, foi muito no impulso. - Foi muito bem para sua primeira aqui na escola. - Na duvida, elogie.
Ele sorri agradecendo, quero conversar com ele, mas ele parece não notar isso.
- Sabe... - Começo. - Desde que a Sra. Montgomery foi embora, já vieram três professores substitutos. - Murmuro e ele para o que está fazendo e me encara. - De todos eles, você foi o que eu mais gostei. - Sussurro baixo, ele molha os lábios e deixa suas pastas na mesa.
- Quando você me desafiou naquela hora, eu pensei: ''Puxa, essa garota vai me dar um trabalhão''. - Ele da a volta na mesa se sentando na frente dela. - Mas quando você chegou bem perto de mim, eu pude ver que você se expressa mal em relação à problemas. Não sabe lidar com eles. - Ele suspira. Ele decifra olhares como se fossem frases, como consegue ser tão bom nisso?
- Como? - Pergunto, ele franze o cenho não vendo o contexto. - Como consegue ver tudo isso apenas olhando pra mim. - Eu preciso saber, preciso aprender a fazer isso, é tão surreal.
- Eu acho que sou bom com expressões. - Ele da de ombros. - Gosto de saber o que as pessoas pensam e como se sentem.
- Me ensina. - Peço gentilmente. Sabendo isso, saberei qualquer coisa. Ele ri não entendendo, não viu que falei sério, acha que estou brincando. Com isso poderei finalmente saber o que de tão misterioso se passa na cabeça do meu pai.
- Te ensinar? - Ele continua rindo, acho que de nervoso.
- Sim. Você é professor, não é? - Insisto, eu realmente quero saber como diabos ele tem o controle das coisas apenas com o olhar.
- De literatura. - Ele franze o cenho. Eu preciso mostrar a ele que estou realmente interessada nessa magia negra e estranha que ele tem.
- Eu poderia supor que não tem ideia de como me 'ensinar', porém está muito a fim de tentar.
- Ela aprende rápido. - Ele sorri se virando para pegar suas coisas na mesa. Não consigo evitar de olhar para sua bunda, que, agora está empinada por conta dele estar um pouco inclinado. - Se chama assédio. - Ele se vira e eu reprimo os lábios constrangida. Está sério, mas não parece nervoso. - Posso te processar por isso.
- Eu não te toquei. - Me defendo. Seu olhar é direcionado para a porta e depois pra mim.
- Acaba de confirmar pra mim que me olhou. - Molha os lábios, eu pensei que soubesse. Oh, Jensen, não me confunda mais.
- Mas não te toquei, o que, perante a lei é o ato do crime. Olhar é só um detalhe. - Engulo em seco e ele volta a fazer aquele olhar sério e quente pra mim.
- Um detalhe importante. - Ele coloca suas pastas em baixo do braço e faz uma pose formal. - Colabore. - Murmura e eu franzo o cenho. - Uma opinião bastante construtiva, Srta. Green. - Ele murmura e eu continuo sem entender o que diz. Segundos depois a porta é aberta e uma mulher nos encara. - Mas a bolha número 1 está se aproximando demais do cacto, nós dois sabemos o que acontecerá.
VOCÊ ESTÁ LENDO
My peace by your side
Novela JuvenilFanfic postada: 01/05/2018 Concluída: ? Sua vida é um caos, seus sentimentos são bagunçados e confusos, ela não consegue se entender e muito menos se encaixar em nada. Rachel não tinha problemas grandes até ele aparecer, até ele aparecer e bagunçar...