Obscuridade

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As risadas que ele dava com os amigos já não eram tão ressonantes

As noites,

sempre acompanhadas de licores e fumaças,

já não conseguiam fazê-lo esquecer

Sua mente ia e voltava


Seus monstros interiores o rasgavam por dentro

querendo sair,

o fazer perder o controle

Ele desejava correr por aí e gritar só verdades

Desejava coragem para dizer a uma garota que a amava


Desejava ficar junto dela

fazê-la feliz mesmo que ele não fosse,

mas seus demônios interiores diziam que ele não era digno


Por isso queria fugir

Entrar no carro e dirigir até o amanhecer

Ver aonde terminava o horizonte

Mas ele sabia que não tinha fim

Sabia que voltaria ao início

Ele não quer perder esse amor de novo

Mas algo o puxa pra baixo,

o faz errar e errar repetidas vezes

Ele nunca disse que a amava porque achava que não merecia esse amor


Os demônios em sua mente diziam que ele era uma das coisas que estavam erradas no mundo

E ele acreditou

Apegou-se às mentiras

da mesma forma que uma pessoa se afogando se agarraria a um bote inflável

As inverdades o possuíram,

construíram uma prisão de trevas ao seu redor

E ele se deixou embalar,

cansou-se de lutar

De guerrear contra sua própria mente

Aceitou a farsa que havia tentado apagar

Encontrou um ponto de escape,

mas não havia como voltar

O breu o envolveu uma última vez,

ele nem teve tempo de gritar.

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