Problematizando (com poemas)

eu ainda sinto sua falta.

Eu ainda te ligo toda noite só para a ouvir a sua voz na caixa postal.
Ainda leio e releio todo dia seus textos.
Ainda escuto seus áudios cantando pela internet.
Vejo suas fotos no Instagram,
Releio nossas conversas,
Ainda te mando e-mails e mensagens, talvez eu tenha esperança que você vai me responder. Mas, eu sei que isso é impossível.

Talvez um dia eu pare de fazer essas coisas,
Talvez um dia, eu te esqueça.
Talvez um dia eu entenda que você se foi para sempre.
Você decidiu isso, você fez isso.

Talvez seja culpa,
Afinal, talvez se eu tivesse atendido sua ligação e não tivesse sido tão infantil, você ainda estaria aqui.
Talvez, eu conseguiria ouvir a sua voz de verdade.
Talvez se eu tivesse entendido que era só uma brincadeira.

Talvez, se não houvesse tantos talvezes... Você ainda estaria aqui,
Talvez, eu conseguiria ter tempo suficiente
Para te dizer que te amo.
Amo muito mais do que só amizade,
Mas, agora, já é tarde demais.

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Nota da autora:
Eu conheci uma pessoa que se matou,
Não éramos exatamente amigos,
Mas esse texto foi baseado nisso.
Eu fiquei sabendo hoje que ele se matou, mesmo que a minha relação com ele não era tão íntima quanto a do eu lírico e a pessoa citada no texto.
Nesse poema, eu vou explicar minha intenção.
O eu lírico tinha um amor platônico pelo citado, e não falou isso à ele. Numa crise de ciúme (ou algo do tipo) eles brigaram, o que fez o citado ficar extremamente triste e o eu lírico, com raiva, não respondeu às tentativas de reconciliação dele. Por isso, ou não, o cara se matou, fazendo o eu lírico se sentir extremamente culpado.
O que eu quero dizer com isso?
Vale a pena parar de falar com alguém por causa de uma briga? Se algo acontecesse com ele/a, se sentiria culpado/a? Se a resposta for sim, um conselho é falar com essa pessoa.

Ah, e sempre há um final alternativo,
Suicídio não é a única saída.
Se tiver ideias suicidas, procure um CVV ou ligue 141.