Destruição pelo fogo

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Senti as primeiras luzes de sol que entravam pela fenda da parede, meus dedos se esticaram e voltaram para debaixo das cobertas feitas com peles de animais.
Fui levantando aos poucos até que encostei meus pés sobre aquele chão frio feito de pedra não muito bem talhadas, apressei me para calçar as botas que estavam debaixo de minha cama. Ao puxa-las observei que elas já não eram as mesmas que as de dois anos atrás estavam bem surradas e sujas.
As calcei e fui até a cozinha que se encontrava meu pai tentando acender a fogueira com as madeiras que sobraram da noite passada e minha mãe remendando uma de minhas blusas.

- Luís, veja se ficou boa. - Estendendo ao filho a roupa recém-remendada.
Peguei a blusa com as mãos, enquanto colocava e observava o local onde foi reparado pode se ouvir um barulho familiar.

- O bebê acordou - disse a mãe que se levantando da cadeira e saiu caminhando pelo corredor até onde ele estava.

- Está com fome, essa criança amaldiçoada - falou seu pai de forma grosseira e quando continuava a tenta acender o fogo.

- Meu pai, não fale dessa forma - disse Luís enquanto se juntou ao pai que estava frustrado.

- Olhe em volta filho não temos nem comida para nós imagine para um bebê - entregando as varetas ao filho.

- Temos que fazer de tudo para o manter vivo foi obra dos Deuses ter chegado a nossa casa. -

- Você acha que os Deuses mandaram essa criança, eu creio que seja amaldiçoada um bebê nascer sobre a Lua Vermelha. - Enquanto o pai se sentava sobre a cadeira esticando sua perna esquerda onde tinha uma dor no joelho.

O bebê havia parado de chora e a casa voltou ao silêncio que foi interrompido pela fogueira que acendeu e começou a esquenta a cozinha. Enquanto virou-se e observou que a mãe estava adentrando a cozinha e carregava o bebê em seus braços.

- Deixe-me vê-lo minha mãe - enquanto levantava do chão.

Olhando o rosto do bebê percebeu que aquele garoto não merecia aquele ódio que o seu pai o lhe concedia de bom grado.

- Qual nome será dado a ele. - Disse enquanto passava seu dedo grosso e com calos no rosto do bebê que se encontrava dormindo no colo da mãe.

- Qual nome acha melhor Rubens. - Falou a Margarida para seu marido.

- Não ligo para que tipo de nome vão dar a essa criança, não éramos para ter aceitado ela. - Falou Rubens de forma grosseira com sua esposa enquanto se dirigiu para a porta.

Rápido a porta bateu deixando sozinhos Luís e Margarida juntamente do bebê.

- Vamos chama-lo de Dragon, o que acha desse nome. - Falou Luís enquanto olhava para o rosto de sua mãe.

- Acho um nome muito importante realmente gostei dele meu filho. - Enquanto baixou a cabeça para olhar o rosto do bebê disse - Seu nome será Dragon meu filho -

- Será que o pai gostara desse nome - falou rápido enquanto se preparava para sair.

- Deixei que do seu pai eu cuido - Falou enquanto passava sua mão sobre os cabelos encaracolados de Luís.

- Deixe-me ir antes que ele volte e taque aquele arado na minha cabeça de novo. - Olhando para sua mãe e soltando um sorriso.

Enquanto se dirigiu a porta ouviu novamente o bebê chora só que agora aquela pequena criança tinha nome é era Dragon.

- Venham minha mãe deixe-me pegá-lo. - ao tirá-lo dos braços de sua mãe e colocá-los no seu sentiu que Dragon já o conhecia pois ele rápido se calou enquanto olhava seu rosto.

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