Fantasma sem lei

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Assombroso e triste pedaço de memória

Insignificado

Encara-me em teu espelho e diga-me seus maiores medos

Supra teus desejos, cuspa-os depois

Envergonhe-se de suas maldades, torne-as uma euforia ao avesso

Vamos, não aguentamos tanta demora

As coisas aqui dentro estão perdidas

A sua cabeça, confusa, embora

os pedaços de memória ainda estejam vivos, em tequilas

Você deseja se lembrar do que já aconteceu

O desespero te toma conta

E assim se encontra

Está com grandes doses de comprimidos

E apenas um fim desesperado com o som do último grito da noite, será capaz de existir, sem mais nada a temer

Não pode negar estar em um filme

Em que interpreta um personagem, com seu próprio nome e que vive as mesmas coisas

E a pior coisa é que: você o controla, mas ele controla você.

(cabeça de um narcisista despersonalizado em perigo, em seu próprio leito)

- Gustavo Henrick

Brincando de PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora