Brincando de Poesia

Assustador

Por entre doze doces almas
Quase todas precisam de estacas
Mas uma não precisa disso para ser salva
Pois das doze, somente ela se destaca

E quando possuem dois anjos
Um é o caído santo
Amargurado, portanto
devora o outro ao campo

"Você é especial", diz a aura
O anjo caído é delinquente
E a mesma diz que você é especial
E o angelical é gente como a gente

Ambos dançam em um caos sem fim
Eles transformam uma pessoa, enfim

A dualidade rompe o limite do assustador
Eles chegam aqui e engravidam sua dor
Sinta-se em casa, porque você quer amor
Então você já estará preparado para o terror.

Eles te chamam para ficar
Você se sente em perigo
Montanhas russas para ansear
Sem mais sonhos, querido

Aqueles que decidem viver nesta adrenalina
Já nascem contidos de tanta gasolina
Por isso, não há deslize fora dessa linha
Pois crescem (só) a sí jogando amarelinha

Pulam, fogem e não saem dessa magia
De viver em mundo caótico, secreta poesia
Tampam sua dor, demonstram alegria
Ou seria somente uma cruel euforia?
Mas de qualquer forma, fingem anestesia 
E assim se eternalizam em uma fantasia.

(espero que você não me decepcione. quero evitar o inevitável)

- Gustavo Henrick