Cem dólares

27 12 4
                                    

Quanta ousadia

Para tão pouca moradia

A menina olhava, pobrezinha

O senhor, malicioso, dizia

Você precisa fazer isso, rude parecia

Ela deu seu último choro, padecida

E se entregou ao prazer de outrem

Em busca de dinheiro para a miserável fome desde muitos ontens

Encontrou-se com o diabo, lhe deu um beijo e o abraçou

Teve em sua cabeça a sua própria distorção, pensou

A coitada garota, morta por dentro se tornou

De cem dólares usados para saciar sua família

Seu maior risco era correr para fora do eixo de sua linha

E transformou-se na garota podre e perdida.

(a eterna garota sacrificada)

Brincando de PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora