The Nerd And The Bad Boy [Português]

15

Capítulo 15

Louis estava faminto. Seus pais haviam descoberto que ele havia entregado seu trabalho de Matemática um dia atrasado, então ele não poderia comer. Honestamente, Louis já estava acostumado com isso agora, mas ele não deveria. Ninguém deveria se acostumar com sua barriga revirando e se comprimindo da forma que Louis sentia.

Ultimamente, ele não se animava para nada, não se sentia genuinamente feliz. Ele sentia falta de Harry, sentia saudades dos longos olhares de Harry e sentia falta de Harry o fazer corar. Mas ele nunca admitiria isso, ele não podia. Ele era hétero.

Bom, ao menos, achava que sim.

"Mãe, eu preciso de um jeans novo," Louis diz e Jay concorda, indo pegar sua carteira mas Troy a para.

"Por quê você precisa de um jeans novo?" Troy o pergunta, com uma expressão de quem sabia o que se passava.

"Os meus atuais estão um pouco pequenos e um tanto apertados," Louis diz, olhando para baixo.

"Um pouco?" Troy diz, fazendo com que uma expressão confusa aparecesse no rosto de Louis. "Jay, não te falei que ele estava ganhando muito peso? Ele anda tão gordinho ultimamente, olha só essas coxas e essas nádegas," Troy diz, olhando para outro lugar, com desgosto.

Louis rapidamente limpa os olhos, o coração doendo ao ouvir as palavras duras de seu pai.

"Ah, shiu, Troy. Ele é uma criança em crescimento," Jay diz, dando o dinheiro à Louis.

"Crescendo anormalmente," Troy murmura antes de voltar a comer.

Louis corre para o andar de cima, esfregando seus olhos ao que algumas lágrimas escapam. Foi na frente do espelho, levantando sua blusa, observando-se.

Ele estava um pouco rechonchudo, provavelmente apenas um pouco fofinho, mas quanto mais se olhava, mais se sentia gordo. Louis se lembrou de ver Niall sem camisa uma vez, e ele tinha o contorno dos abdômens e uma barriga lisa.

Louis apenas choraminga, se dirigindo para sua cama para dormir.

↠↠↠  

Era horário de almoço na escola. Louis havia pego R$150 de sua mãe, quando os jeans eram apenas R$125. Ele planejava em gastar o resto com alguma comida para si, mas Louis não estava com fome, ou pelo menos, estava ignorando a sensação de vazio em seu estômago.

Harry veio até onde ele estava sentado.

"Louis, por quê você não está comendo?" Ele pergunta e Louis balança a cabeça.

"Não to com fome." Ele murmura.

Seu estômago o decepciona, fazendo um rosno de fome. Harry levanta uma sobrancelha. 

"Eu posso comprar algo pra você," Harry oferece, mas Louis balança a cabeça.

"Eu realmente não to com fome, e eu não preciso de mais gorduras mesmo," Louis diz, afastando o olhar de Harry.

Harry abre a boca, como quem iria dizer algo, mas fecha, indo embora, uma expressão conflituosa em seu rosto. 

No fim do dia, Louis estava completamente faminto, mas não havia comprado nada. Estava esperando seu motorista do lado de fora, quando seu celular tocou, assustando-o.

Ele atende, pressionando o fone contra sua orelha.

"Louis, o motorista está muito doente e não conseguimos outro em cima da hora pra te buscar. Posso te pegar se você quiser, mas vou perder minha reuniçao," A voz de sua mãe diz, do outro lado da linha.

"Não, mãe, tudo bem, vou tentar voltar pra casa com algum amigo," Louis diz, suspirando antes que sua mãe o agradeça, encerrando a ligação. 

Niall e Liam moravam do lado oposto da cidade, Louis não queria atrapalhá-los. Bufou, pegando sua mochila e decidindo ir à pé pra casa, eram apenas 25 minutos, além de que seria um ótimo exercício.

Mal fazia 5 minutos que ele havia saído, começou a chover. Ele estremeceu, esfregando seus braços, pois ele estava vestindo apenas uma blusa. Quanta sorte.

Seus olhos se arregalaram ao que viu a moto chegar mais perto. Abaixou a cabeça, não querendo que Harry o visse. Mas ouviu a moto parar e sabia que havia sido visto. Virou-se para a direita, vendo Harry paradoo com um olhar questionador.

"Por quê você tá voltando a pé?" Harry pergunta e Louis dá de ombros.

"Meu motorista não pode vir." Explica.

Harry revira os olhos antes de falar para que ele subisse. Mas Louis balança a cabeça, continuando a andar.

"Louis, sobe, eu te levo até em casa," Harry repete, mas Louis apenas afasta o olhar.

"Eu to bem andando," Ele diz.

Ouve Harry bufar.

"Certo," E então a moto parou um pouco mais na frente ao que ele começou a andar até Louis, oferecendo-o seu moletom antes de subir na moto. Harry olha para Louis, como uma oferta, mas Louis balança a cabeça.

Morde o lábio, botando o moletom, que ia até metade da sua coxa, e ficava muito mais comprido que sua mão. Ele já se sentia muito mais quente, e a chuva começou a se tornar um chuvisco. Ele amava o cheiro do moletom, cheiro de Harry, cheiro de casa.

E pela primeira vez em um bom tempo, Louis sorriu.

Um sorriso de verdade.