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Capítulo 07

Depois que Louis e Harry terminaram de estudar, Harry entendeu Física. No começo ele estava apenas olhando os lábios de Louis, mas quando Louis deu um chilique, ele começou a prestar atenção.

"Uh, são seis horas, meu motorista vem em uma hora, o que a gente faz agora?" Louis pergunta, checando seu Rolex. "Você gosta de cookies?" Harry pergunta e os olhos de Louis subitamente brilharam, um sorriso tímido no rosto, provocando uma risada em Harry.

"Vou levar isso como um sim. Eu tenho os ingredientes então nós poderíamos fazer uma dezena," Harry diz.

Louis ri, seguindo Harry escada abaixo, entrando na cozinha caseira.

"Lou, você pode pegar a farina e o açucar? Estão naquele armário," Harry diz. Louis cora, tentando não pensar no apelido. Ele vai e olha os armários, que eram anormalmente altos. Bufou, pulando, quase alcançando a porta.

De repente, fortes mãos envolvem a cintura de Louis, fazendo-o guinchar. Ele é levantado e rapidamente abre o armário, tirando os ingredientes e dando um tapa nas mãos de Harry, querendo ser solto. Harry coloca Louis no chão e ele instantaneamente se vira.

"Por que você fez isso?" Louis exclama e Harry dá de ombros.

"Pra você se sentir melhor com o fato de que você tem 1,50cm", Louis ofegou.

"Cala boca, eu tenho 1,70," Louis exclama, colocando uma mão acima do coração para parecer ofendido.

"É, mesma coisa," Harry murmura, balançando a mão.

Eles continuam a fazer os cookies, depositando todos os ingredientes necessários. Quando eles terminaram e os cookies entraram no forno, eles bufaram, percebendo que ainda tinham mais 15 minutos antes que estivessem prontos.

Sentaram-se no sofá, bufando.

"Por quê essa casa é tão fria?" Louis perguntou, esfregando os braços. Harry se levantou, ligado o aquecedor e voltando para o sofá.

"Pronto. Feliz, princesa?" Harry provoca, Louis sorri descaradamente.

"Muito." Ele responde, bochechas se avermelhando.

"Quer jogar um video-game?" Harry pergunta e Louis balança a cabeça.

"Meu pai não deixa, ele diz que eles são muito assustadores e irreais," Louis diz, sentando de perna-de-índio.

"Não to vendo seu pai," Harry diz em um tom questionador, olhando ao redor do cômodo.

"É, mas mentir é um pecado, então eu prefiro não jogar," Louis diz, fazendo Harry revirar os olhos. Louis mordisca o lábio suavemente, ligeiramente nervoso, ele não gostava da sensação na sua barriga quando estava perto de Harry. Ele não gostava que suas bochechas ficavam irritantemente vermelhas perto de Harry. Ele sabia que estava pecando, então por que não queria parar?

Harry olha o lábio mordido, as bochechas vermelhas e os lindos olhos de Louis. Estava inclinado para ter uma visão melhor do rosto de Louis. Louis respira fundo, vendo que Harry estava chegando cada vez mais perto. Engoliu em seco, tentando se acalmar. Harry estava apenas o olhando e ele sentia tantas emoções diferentes.

"Você é absolutamente lindo," A voz grossa de Harry interrompeu o trem de pensamentos de Louis. Sua respiração falha, sentindo o calor subir da sua nuca para suas bochechas. Ele olha para baixo, se sentindo tímido de repente.

"Não, não sou." Ele sussurra, fazendo Harry sorrir, olhos tremeluzindo para os lábios rosados de Louis.

Então Harry estava se inclinando para frente e Louis também, embora ele não soubesse o porquê, apenas parecia certo. Ao que seus lábios mal se encostaram, como se tivesse sido eletrocutado, Louis se puxou para trás, caindo de volta no sofá. Harry tinha um olhar confuso no rosto mas Louis balançou a cabeça.

"Eu—eu não posso, é um pecado ter qualquer sentimento por um cara, especialmente você," Louis diz e Harry se levanta, subitamente bravo.

"O que você quer dizer com especialmente eu?" Harry pergunta, Louis fecha os olhos.

"Eu—você tem tatuagens e fuma e é um pecado terrível," Louis diz, a voz falhando no fim.

"Mas que porra? É um pecado se expressar? Todas as minhas tatuagens significam muito pra mim, elas são tudo que eu tenho pra me expressar! Eu não posso falar com ninguém porque essa cidade é a porra de uma bagunça. É um pecado amar alguém? E daí se for um menino?!" Harry exclama, uma expressão furiosa em seu semblante.

"Eu—eu não sou gay. Eu não—eu tenho que ir," Louis diz, tropeçando para trás.

"Tudo bem, continue mentindo pra si mesmo. Vá ser infeliz, você pode fingir ser quem você quiser, mas você não pode mudar quem você é," Harry diz, subindo as escadas.

"Você pode ir embora," Harry diz antes de desaparecer em seu quarto, batendo a porta. Louis franziu, ligando para seu motorista e dizendo-lhe que terminou mais cedo. Seu motorista apareceu em 10 minutos e Louis entrou no carro, tentando pensar em qualquer coisa exceto Harry.

Mas por alguma razão, ele simplesmente não conseguia.

The Nerd And The Bad Boy [Português]Onde histórias criam vida. Descubra agora