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Capítulo 18

Harry estava muito preocupado com Louis. Ele queria que o garoto entendesse o quão perfeito ele era. Louis nunca deveria sentir dor, nunca deveria se sentir não merecedor de algo, mas algumas vezes, Harry não podia controlar isso.

Como agora, que o pai de Louis estava gritando com ele, mandando-o parar de ser tão infantil, mandando-o entender o que estava acontecendo. Louis apenas chorou, como sempre, ele se sentia como um bebê.

No dia seguinte, na escola, Louis finalmente comeu algo, ele havia comido a maioria da massa que haviam colocado na bandeja. Ele se sentia muito melhor comparado aos últimos dias. Pra ser honesto, devia tudo isso à Harry.

Estava indo para a aula de Química quando foi empurrado contra a parede. Pensou que fosse Harry, mas ao que se deparou com olhos escuros e castanhos, percebeu que não era. Era, na verdade, Joe, um dos grandes caras do time de futebol.

"Oi, coroinha." Joe provocou e Louis revirou os olhos ao insulto que lhe era tão comum.

"Eu tenho que ir," Ele diz, tentando passar ligeiramente, mas Joe o empurra.

"Você não vai escapar hoje, sua bicha," Joe murmurou com um sorriso maldoso no rosto. Os olhos de Louis se arregalaram e ele rapidamente deu uma joelhada na sua virilha. Joe se curvou e Louis correu depressa, mas Joe o agarrou de volta, empurrando-o na parede mais uma vez.

Um soco. Um chute. E continuou assim, em seu estômago, em seu queixo. Em todos os lugares. Os olhos de Louis começaram a marejar mas ele tentou ao máximo não chorar. Repentinamente, uma voz grossa foi ouvida.

"Ei, larga ele!" A cabeça de Louis girava, mas ele reconhecia aquela voz, ela o fazia sentir seguro. "Que porra é essa, Joe?!" Harry exclamou, tirando-o de cima de Louis e jogando-o na parede. Os olhos de Joe se arregalaram, claramente intimidado.

"Sai daqui antes que eu te mate, porra!" Harry desdenha, fazendo com que Joe instantaneamente corresse para longe.

Louis sente dedos delicados alcançando-o e pegando-o no colo. Ele choraminga suavemente, aninhando-se no calor.

"Shh Lou, tá tudo bem, estou aqui com você," Harry sussurra, pressionando um beijo no cabelo de Louis. "Minha mãe está no trabalho, eu te levo pra casa, ok?" Harry diz e Louis não responde, a dor se tornando insuportável.

"Harry," Louis sussurra, algumas lágrimas deslizando sobre suas bochechas.

"Eu to aqui, Lou, eu to aqui," Harry diz, saindo da escola e indo em direção à sua moto. Ele sabia que Louis não conseguiria subir na moto nessas condições. Harry ajuda-o a ficar em pé. 

"Espere aqui um segundo," Harry sussurra, correndo de volta para a escola.

Ele sabia que Zayn estava na aula de História, então correu até a sala, dando um empurrão na porta ao que os olhares de todos se desviaram para ele.

"Chaves." Ele disse e Zayn jogou as chaves pela sala, Harry as pegou antes de sair correndo de volta, vendo Louis se curvar contra a moto, massageando suas têmporas.

"Você consegue andar?" Ele perguntou, e Louis conseguia, ele conseguia facilmente pois suas pernas não estavam doendo tanto. Mas ele realmente gostava do calor do peitoral de Harry e amava ser carregado, então ele apenas balançou sua cabeça negativamente.

As mãos de Harry deslizaram sob as costas de Louis e no verso de seus joelhos, pegando-o no colo e levando-o até o carro de Zayn. Deitou-o nos bancos traseiros antes de se sentar no assento do motorista, começando a dirigir até a sua casa.

Dez minutos depois, chegaram na casa de Harry. Harry carregou Louis pelas escadas, deitando-o na cama.

"Eu volto em vinte minutos, só respire fundo," Harry diz, saindo e indo até o carro para voltar para a escola.

Correu de volta até a aula de História, ofegante, pois ele estava extremamente ativo hoje. Jogou as chaves para Zayn, vendo a feição do professor extremamente incomodada. 

Montou novamente em sua moto e voltou para casa, encontrando Louis praticamente adormecido em sua cama. Harry franziu, ele odiava o que havia acontecido com Louis. Vagarosamente o acordou.

"Lou, só deixe eu te ajudar com os seus machucados," Ele sussurrou e Louis esfregou seus olhos, concordando.

Harry pegou alguns algodões e um antiséptico. Levantou-o, mordendo o lábio com tristeza antes de vagarosamente enxugar o o algodão sobre o seu peito.

"Haz," Louis sussurra, fechando seu punho, olhos fechados. "Queima." Louis choramingou.

"Tá tudo bem, boo," Harry sussurrou, sentindo-se terrível. Da onde estavam saindo estes apelidos? Harry se perguntava, mas ele não ligava, Haz era fofo.

Quando terminou, Louis bufou, deitando-se.

"Você pode me acordar ás 15h? Eu preciso ir pra escola, pro meu pai não descobrir," Ele sussurra e Harry concorda, pedindo que ele fique durma.

Harry desliza suas mãos pelo cabelo de Louis, que sorriu com a sensação.

"Harry, obrigado," Louis coaxou e Harry depositou um beijo em sua testa.

"Sempre," Ele sussurrou antes de sorrir, afinal, como ele podia ser tão sortudo?

The Nerd And The Bad Boy [Português]Onde histórias criam vida. Descubra agora