The Nerd And The Bad Boy [Português]

10

Capítulo 10

Louis acordou do melhor sono que havia tido em um longo tempo. Bocejou, rolando na cama e esbarrando em outro corpo sem perceber.

Sentiu braços fortes o envolvendo e o puxando para perto. Louis se aconchegou no peitoral quente, amando o conforto.

Louis nunca havia dormido na presença de outra pessoa mas é o melhor jeito de dormir. De todos.

Seus pés estavam congelando, então ele os esfregou, suspirando. Esfregou os olhos, vendo que estava aninhado nos braços de Harry.

Vagarosamente se afastou de Harry, colocando seus pés no chão e se levantando, alongando suas mãos, seu pescoço e suas costas, que estavam um pouco doloridas, como de costume.

"Lou?" Louis praticamente derrete ao som da voz matinal rouca de Harry.

"Hm—Sim?" Louis guincha.

"Você parece uma garota que acabou de transar," Harry diz, rindo e Louis rapidamente cobre a boca de Harry.

"Harry! Você não pode dizer coisas assim," Louis diz, bochechas corando.

"Mas parece. Você tá vestindo apenas a minha blusa e sem calça," Harry diz e Louis cora mais uma vez.

"Eu estou usando cueca!" Louis protesta e Harry revira os olhos antes de sussurrar que era uma pena, fazendo com que as bochechas de Louis brilhassem e ele corresse para o banheiro, deixando para trás um Harry risonho.

"Harry, preciso de uma escova de dentes," Louis diz e Harry boceja, se levantando e revelando que havia tirado as calças no meio da noite e agora vestia apenas suas boxers. Louis se vira de costas e Harry ri.

"Tá tudo bem, você pode olhar," Harry diz e Louis cora, balançando a cabeça e andando até o banheiro. Harry o segue.

Harry o dá uma escova que tira debaixo da pia, sorrindo ao que viu Louis se intimidar com seu olhar.

"Não me olha," Louis choraminga, olhando para baixo. Harry caminha de volta para a cama, suspirando ao que se sentou. Graças à Deus que era fim de semana, porque Harry estava terrivelmente cansado, embora tivesse tido uma maravilhosa noite de sono.

Louis voltou para a cama, sentando-se ao lado de Harry, bocejando levemente. Checou seu relógio, vendo que eram 6h30. Ele deveria estar em casa em uma hora.

"Harry?" Louis sussurra, voz hesitante. Harry levanta uma sobrancelha como resposta, acenando com a cabeça posteriormente.

"Sei que isso soa estranho, mas você pode massagear meu pescoço e minhas costas? Às vezes, quando eu acordo, eles doem, e minha mãe me ajuda e—"

"Tá tdo bem, Louis, eu ajudo," Harry diz, cortando Louis, dizendo-o para se deitar com a cabeça para baixo na cama.

"Talvez você se sinta melhor se tirar a blusa," Harry diz e Louis concorda, jogando-a para o lado. Harry se senta ao seu lado, com pernas cruzadas.

Os braços de Harry eram muito mais fortes que os de sua mãe, fazendo com que Louis se sentisse incrivelmente relaxado. Louis abafa seu rosto no travesseiro ao que um gemido quieto escapa de sua boca. Harry massageia suavemente os nós das costas de Louis, suas bochechas tornando-se vermelhas quando outro som proibido escapa dos seus lábios. Louis cobre sua boca mas Harry move sua mão.

"Você não precisa esconder esses lindos sons," Harry sussurra e as bochechas de Louis se iluminam novamente. Harry cambaleia, tentando encontrar a posição mais confortável. Ele se inclina para baixo ao que uma ideia se forma na sua cabeça. Devagar, se move, pressionando seus lábios contra os ombros de Louis, um choramingo suave vindo de seus lábios entreabertos.

"Harry," Louis diz, indo se levantar, mas Harry o pressiona para baixo, dizendo que não faria novamente.

Mas esse era o problema: Louis realmente queria que Harry o beijasse novamente. Ele queria que Harry beijasse todo o seu corpo, até mesmo em lugares que ele não havia sido tocado ainda—

Os pensamentos de Louis são cortados quando seu telefone começa a tocar, Harry sai de cima dele, o entregando seu celular. Louis viu que era Niall. Desliza a tela para atender a ligação, posicionando o celular no ouvido.

"Desculpa não ter atendido, mas você ligou algumas vezes," Niall disse, fazendo Louis revirar os olhos.

"É, obrigado por ligar agora, Niall," Louis responde sarcasticamente. 

"O que você precisava?" Niall pergunta.

"Ah, nada, sabe? Além do fato de que eu estava quase dormindo na minha varanda," Louis disse e Niall tossiu, obviamente surpreso.

"Cara, eu sinto muito, tinha uma garota em casa," Niall diz e Louis revira os olhos.

"Tudo bem, consegui um lug—" Louis engasga com sua própria saliva quando a mão de Harry repousa na sua coxa nú. Ele diz à Niall que estava tudo bem mas suas bochechas diziam o contrário. Ele afasta a mão de Harry para longe de sua coxa, mas ela volta para o mesmo lugar, um sorriso desafiador no rosto de Harry.

"Então, como estão as coisas em casa?" Niall pergunta e Louis responde: "Estão bem, eu ach—Ah," Louis diz quando a mão de Harry começa a trilhar sua coxa. 

"Ahn, Louis?" Niall pergunta e Louis cora quando a mão de Harry toca sua virilha.

Subitamente, Louis se levanta, encerrando a chamada.

"Harry, tenho que ir," Louis diz, pegando sua blusa da noite anterior e indo até o banheiro. Harry tem uma expressão confusa no rosto.

"Por quê? Ainda são 6h50." Harry pergunta.

"Eu—hm—Eu tenho um problema e eu sou tão repugnante... eu tenho que ir agora," Louis diz, puxando sua calça e seus sapatos antes de sair correndo pela porta de Harry.

Harry rapidamente o segue.

"Lou, está tudo bem, só—"

"Não, Harry, eu pequei tanto na última semana. Sinto muito, eu preciso ir," Louis diz.

"Pelo menos deixe eu te levar," Harry oferece, mas não recebe uma resposta ao que Louis corre porta à fora.

Harry passa a mão pelo rosto. Ele sabia que não devia ter feito isso, mas ele amava as reações de Louis. Amava ver Louis se tornar corado e tímido. Quem poderia culpá-lo?

↠↠↠ 

Louis correu para casa. Ele tinha que inventar uma desculpa caso seu pai perguntasse onde ele tinha dormido. Ele sabia que seu pai ligaria para os pais de Niall se ele dissesse que havia passado a noite lá. Sua única opção era dizer que ele havia realmente dormido na varanda.

Tocou a campainha, sem receber qualquer resposta: seus pais deviam estar dormindo.

Louis se sentou na varanda, pensando no que tinha acabado de acontecer e no porquê de ele querer tão desesperadamente que acontecesse de novo.