Quando completou dois meses que Doris estava na fazenda, a situação dos dois não havia mudado apesar da proximidade cada vez maior de Gabe com seus filhos.
A situação entre eles ficava cada dia mais difícil. Eles só se cumprimentavam, porque seria muito estranho para todos, se isso não acontecesse entre patrão e empregada. Doris cumpria suas funções trabalhando no refeitório e a noite, cuidando das crianças no chalé. Enquanto isso, Gabe estava muito ocupado viajando várias vezes, facilitando assim o convívio entre os dois. Porém, quando ele estava na fazenda, trabalhava o dia inteiro no campo ou no escritório, saindo todas as noites, voltando somente altas horas da madrugada.
Doris sempre acordava quando ouvia o carro estacionando na garagem.Era sempre muito tarde. Ás vezes quase de manhã. Um dia quando saiu do trabalho resolveu dar uma passadinha para trocar uma receita com Nanete e não pode deixar de ouvir uma discussão entre ele a governanta.
_ Você não pode continuar assim. Está agindo como um tolo Gabriel .
_ Não quero falar sobre isso Nan.
_ Então você acha que eu posso me calar vendo você chegar bêbado todos os dias em casa? Saindo com uma e como outra como se o mundo fosse acabar amanhã? Você tem uma reputação Gabriel, e eu não sei porque cargas da água, você insiste nessa maluquice. Fica agindo como um tolo enquanto sua felicidade está bem aqui nesse quintal.
_ Ora Nan, não me amole.
Doris ouviu a conversa e sentiu-se mal em saber que Gabe continuava dormindo com outras mulheres. Isso lhe doía profundamente na alma. Sentiu muito, mais muito ciúme. Porém, o que queria? Lealdade? Gabe era um homem solteiro e bonito, rico e não dava a minima para ela. E mesmo sofrendo preferia que ele saísse com um monte de mulheres a manter um relacionamento sério com uma mulher como Louise Brown, a linda, rica, e bem sucedida vizinha.
Longe de sentir-se feliz, saiu rapidamente e decidiu ir para casa. Distraída não notou que uma figura máscula a esperava na porta do chalé. Parou assustada e o olhou atentamente.Os olhos verdes estavam vermelhos e injetados. Gabe andara bebendo.
_ Oh....Olá Gabe.
_ Não tenho visto você ultimamente._ disse ele numa voz arrastada.
Doris abaixou o olhar e procurava nervosa, as chaves no bolso da calça jeans.
_ Realmente. Mas tenho trabalhado todos os dias, pode perguntar a Billy._ disse ela friamente.
_Eu sei Doris. Não leve a mal o que eu falei.Eu...sinto sua falta...- Disse depois de algum tempo.
O coração de Doris começou a bater descompassado. Oh meu Deus! Não deixe que eu fraqueje_pensou Doris
_ Não fale assim Gabe. Vamos deixar as coisas do que jeito que estão.
_ Eu não posso...Eu não consigo....
E antes que Doris entendesse o que estava acontecendo,Gabe a enlaçou e a beijou com desespero. Doris tentava resistir, mas o cheiro de almíscar, fumo e uísque a deixaram desnorteada. Ao sentir a boca faminta de Gabe sobre a sua, não resistiu e retribui o beijo com paixão. A língua de Gabe exigia, a impelia a querer mais. Gabe gemeu alucinado e quando começou a acariciar seus quadris, puxando-a para que ela sentisse a força de seu desejo, ela deu-se conta do que faziam bem na varanda do chalé, com as crianças podendo chegar a qualquer instante.
_Não Gabe... Não...
_Por favor, Doris eu preciso de você....só de você......
-Por favor... Gabe. Entre nós, não dará certo nunca.
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Para Sempre o Amor
Chick-LitNoite em Denver Doris Farlow estava ali novamente naquela cidade que a fez tão infeliz. Ela não podia imaginar que passado dez anos, ela estaria de volta. desempregada, dormindo no carro, com seus dois filhos pequenos. E mal sabia ela, eu o destino...