Para Sempre o Amor

Capítulo 14

Os dias passaram e Doris trabalhava com afinco aguardando ansiosa a chegada de Gabe. Sabia que não podia sonhar com um relacionamento estável com ele, mas cada vez que relembrava seus olhos verdes cheios de promessa, ela acreditava que havia sim uma pequena possibilidade de ser amada por Gabe.

Um dia, terminou seu trabalho mais cedo e foi para casa esperar as crianças chegarem da escola. Preparou um lanche rápido, tomou um banho e sentou-se para ler uma revista enquanto aguardava. Cochilou e acordou assustada. Sentindo falta das crianças, que deveriam estar em casa a mais de uma hora, ela pegou a picape de Billy  e foi até a escola.

Chegando lá, encontrou tudo fechado e sentiu o coração apertar. Havia alguma coisa de errado ali. Deu meia volta com o carro e foi direto para a vila onde morava  Lucy May, a professora das crianças.

Bateu na porta e esperou ansiosa  até que Lucy May abrisse a porta.

_Olá Sra Farlow. Deseja algo?- perguntou a professora prestativa.

_ Olá Lucy.Estou preocupada com as crianças. Elas ainda não chegaram da escola.O ônibus deveria ter passado a uma hora, e então eu achei que eles poderiam estar aqui com você.

 Lucy a olhou espantada.

_ As crianças foram embora. Hoje, o Sr Farlow foi buscá-los na escola.

  Doris empalideceu.  

_ O...O que você está falando?-

A professora a olhou assustada ao notar sua palidez

-Eu... não queria liberá-los, pois não o conhecia , mas Mark me garantiu que o homem era o seu pai. Ele é o sr. Farlow não é? Por Deus sra Farlow! Eu fiz algo errado?

Doris se segurou na beirada da porta para não cair. Meu deus! John pegara as crianças! Para onde ele as levara? E porque?

Tentando manter o controle da situação, Doris tratou de se pegar todas as informações possíveis. Agradeceu a professora e voltou novamente para a fazenda, esperando encontrar John e as crianças.

Mas eles não estavam por ali.

Não havia nenhum carro estranho estacionado no pátio da fazenda.E seria impossível para John chegar até ali a pé. Mal saltou do carro, correu até a casa da fazenda. Entrou sem bater e foi até a cozinha onde encontrou Nanette dando as ordens para o jantar.

Pelo olhar assustado de Doris, Nanaete identificou algum tipo de problema e logo perguntou:

_ O que houve?

Doris andava de um lado para o outro, nervosa.

_ Alguém me ligou?

Ambas falaram ao mesmo tempo.

Doris foi entrando pela casa. Seu corpo trêmulo demonstrava toda sua tensão.

_ Oh Nan! John foi buscar as crianças na escola e desapareceu com elas.

 A velha senhora que enrolava o lindo avental de renda, colocou as mãos em oração. 

_ Calma Doris. Ele pode ter levado as crianças para dar um passeio _ disse Nanette tentando acalmá-la.

 _ Eu sinto que não. John nunca faria isso. Ele levou as crianças embora, eu tenho certeza. Ele está se vingando de mim, ele me odeia porque eu o abandonei Nanette, eu tenho certeza. Isto é  uma vingança, ele sequestrou meus filhos!

Doris caiu num pranto convulsivo. Nanette mandou chamar Colin no campo e quando o velho caubói chegou, ela ainda não havia se acalmado.