O Contágio

É hora de ir pra casa

Estou estava chorando muito, pensei ter perdido a pessoa que eu mais amava, eu demorei de mais e eu sabia que aquilo era minha culpa, eu não devia ter parado para ajudar ninguém, talvez eu tivesse chegado a tempo, foi quando olhei pro guarda-roupa e pensei em levar uma blusa dele de recordação mas quando abri a porta, meu avô estava sentado no guarda-roupa dormindo.

Eu:
- Vô, não acredito que está vivo - O abracei o mais forte que eu consegui e chorei de emoção

Meu vô:
- Eu estava te esperando, ai bateu o sono e eu dormi, mas eu quero saber o porquê eu tinha que me esconder

Eu:
- Vô as coisas estão diferentes lá fora, agora não são mais pessoas. Eles viraram canibais, estão comendo pessoas.

Meu vô:
- E o seu pai? Você o salvou?.

Eu:
- Na verdade me preocupei mais com o senhor do que com o meu pai, eu precisava do senhor bem

Meu vô:
- Eu sou velho mas sei me virar, não é atoa que eu trabalho de pedreiro.

Eu:
- Vamos embora tenho que deixar o senhor em segurança.

Peguei meu vô pela mão e o levei até a porta mas lembrei que só estava com a arma então precisava de facas.

Eu:
- Vô, vamos buscar suas facas podem ser bem útil.

Meu vô:
- Ok

Fomos para a cozinha e começamos a pegar as facas e era preciso uma bolsa pois meu vô tinha muita faca, nunca entendi o fato de ele ter tanta faca mas naquele momento eu agradeci, assim que recolhemos todas as facas fomos para a porta.

Eu:
- Espera ai, eu vou dar uma olhada para ver se está seguro.

Meu vô:
- Porque não me deixa fazer nada?

Eu:
- Porque eu quero o senhor fora de perigo.

Abri a porta bem devagar e olhei em volta, por incrivel que pareça não havia zumbis em lugar nenhum eu estranhei por um momento mas não era hora de ficar pensando.

Eu:
- Vamos, não há nada lá fora.

Meu vô:
- Para onde vamos?

Eu:
- Para minha casa, lá tem um porão que dá pra se esconder.

Meu vô:
- Mas não é longe para ir de a pé?

Eu:
- Estou de carro.

Meu vô:
- Quando você aprendeu a dirigir?

Eu:
- Aprendi com o senhor, quando era pequena. Vamos logo temos que ir e não podemos demorar.

Saimos da casa do meu avô e novamente aquele cachorro estava ali parado, mas porque ele não tentava nos comer? Peguei uma pedra e joguei na direção oposta da nossa e ele nem se moveu

Eu:
- Vô, vai mais pra lá e qualquer coisa corra - Joguei a chave do carro pra ele

Meu vô:
- O que você vai fazer?

Eu:
- Só faça oque estou pedindo

Meu vô se afastou, eu iria testar uma coisa e queria muito que não desse certo. Eu assoviei e o cachorro virou pra mim nesse momento entrei em choque, mas ele só virou a cabeça então me ajoelhei e assoviei novamente, ele veio na minha direção e me cheirou mas não fez nada, pelo contrário ele queria carinho, mas uma coisa que eu estranhei. Na casa do meu avô havia três cachorros, foi quando descobri oque aconteceu, aquele pitbull do meu vô só comia cachorros. Peguei o cachorro e cruzamos o portão nunca se sabe se ele será útil, eu pensei que teria problemas para voltar, pois pelo oque eu lembro eu tinha atraido muitos zumbis por causa daquela maldita pedra mas ao virar para olhar, não tinha nada, nenhum deles estava mais lá então fomos embora.
Chegamos no carro tinha dois zumbis, um de cada lado do carro e eu queria saber oque aquele casal fez para chamar a atenção dos zumbis, abri a bolsa e peguei uma faca fui do lado da porta do passageiro e dei uma facada na cabeça do zumbi, obviamente isso chamou atenção do amiguinho dele que veio pra cima de mim, dei uma rasteira nele e ele caiu, foi quando subi em cima dele e enfiei a faca em seu olho. Chamei meu avô que veio com a bolsa e com o cachorro, quando abri a porta o casal estava tranzando, foi quando descobri que o barulho que havia atraido aqueles dois zumbis foi essa desgraça gemendo.