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É estranho o fato de algumas pessoas terem medo da morte e afins enquanto eu almejo ela, eu sei, eu deveria me envergonhar de dizer isso, pois milhares de pessoas no mundo queria poder escolher viver, mas a morte é sua única opção. Sobre isso quero dizer a todos que a morte uma hora chega, para alguns de forma rápida e para outros nem tanto.

A verdade fatídica da vida é que ela é injusta, fato. O ser humano estraga a beleza da vida, eu sei que deveria agradecer por acordar todos os dias, mas nem sempre a vida é algo bom para todos...

Bom, para você que está chegando agora, meu nome é Bárbara e tenho 17 anos, sou de São Paulo, Brasil e como meu irmão, mãe e padrasto e aqui vai a minha história.

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5:27

O relógio que ficava em cima da televisão marcava, mostrando que faltava apensas 3 minutos de cama quentinha e aconchegante antes que minha rotina começasse.

Levanto e começo a arrumar minha cama, logo seguindo para o banheiro e fazendo minhas necessidades e me arrumando.

Uma calça preta, um suéter vinho de listra branca e um tênis de cano baixo branco é o que se faz presente para a rotina de hoje em meu corpo, os cabelos cacheados com creme e soltos.

Hoje a maquiagem não é algo que eu queira usar, logo descendo para tomar café em "família".

-- Bom dia mãe, bença - disse lhe estendendo a mão e dando um beijo em sua testa.

-- Bom dia filha! Deus te abençoe - devolveu segurando minhas mãos.

-- Bom dia, adotado! - digo para meu irmão e me sento na mesa.

-- Bom dia, embuste! - diz ele e eu mostro a língua.

-- Filha, acho que esqueceu de alguém.

-- Desculpa mãe tinha esquecido. - suspiro e fecho o olhos. - Bom dia, Jorge!- digo sem olhar para o mesmo que sequer responde.

E um clima se alastrou no café da manhã.

-- Bom, terminou Bárbara? Estou saindo agora quer uma carona? - perguntou meu irmão se levantando da mesa

-- Terminei! - levantei, peguei mina mochila e dei tchau para minha mãe. - Vamos???

-- Sim.

Fomos em direção a garagem da casa onde ficava o HB20 branco do meu irmão mais velho. Eu tinha tanto orgulho dele, queria que ele fosse feliz o máximo que podesse.

Sentei no banco do passageiro e esperei ele tirar o carro da garagem e logo estávamos seguindo o caminho da escola que não está tão longe.

-- Barbara! - escutei meu irmão me chamar lhe devolvendo um "hum" mostrando o meu interesse nas árvores e não nas sua palavras. - posso te fazer uma pergunta?

-- Já fez! - disse ainda hipnotizada com a beleza que a natureza tinha.

Como eu amava a natureza e suas cores diversas, como eu queria que minha vida fosse tão colorida quanto as flores dos jardins das casas.

Ignorando minha fala ele pergunta:

- Por que você não gosta do Jorge?

- Por que a pergunta??

- Por nada, mas eu sempre sinto uma aura estranha quando vocês estão no mesmo ambiente.

- Porque eu simplesmente não gosto! - disse me exaltando. - não sou obrigada, quantas vezes eu vi e presenciei ele batendo em nossa mãe e eu ainda sou obrigada a gostar dele? Faça me o favor né. E tem mais, muito me admira você que se diz amar tanto a mãe e não faz nada para que esse homem suma das nossa vidas.

- Você sabe que no fundo mamãe ama ele e que não adiantaria nós falarmos, ela mata e morre de amor por ele. - parando o carro na porta da escola ele me olha nos olhos e continua. - E eu sei que não é só isso - ele diz estreitando os olhos.

Quando pensei em revidar o sinal bateu ele segurou meu braço

- Essa conversa não terminou aqui...

Continua?
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Oi gatinhas e gatinhos!!
Como vocês tem passado????

⁶²⁷ palavras.

𝐿𝑖𝑔ℎ𝑡 𝐴𝑛𝑑 𝐷𝑎𝑟𝑘𝑛𝑒𝑠𝑠 [𝐽𝑘 𝐼𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒]Onde histórias criam vida. Descubra agora