𝐿𝑖𝑔ℎ𝑡 𝐴𝑛𝑑 𝐷𝑎𝑟𝑘𝑛𝑒𝑠𝑠 [𝐽𝑘 𝐼𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛𝑒]

.6.

Point of vision: Jungkook

Já havia se passado uma semana e eu não tinha  conseguido ter tempo para levar o celular da moça. Talvez, só talvez, me faltou coragem também. Eu era uma pessoa conhecida, meu medo era ser reconhecido e essa pessoa acabar contando para alguém, seria um pouco perigoso.

Os meninos chegaram a sugerir um motoboy, mas eu achei e eu queria entregar. Não é como se fosse uma roupa, era um celular afinal. Jimin-hyung entrou no quarto me assustando.

— O que houve Jungkookie?

— O que?

— Não sei, você está meio estranho o dia todo – olhou o celular em minhas mãos — ainda não devolveu o telefone da moça?

— Eu não tive tempo essa semana, você sabe o quanto foi corrido.

— Pode falar que você está sem coragem, eu acredito.

— Um pouco também, o fato dela poder me reconhecer me assusta muito. - confessei sincero.

— Vamos fazer o seguinte, a noite quando eu chegar, eu vou com você.

— Ok, obrigada Hyung.

— Imagina. - pegou uma pasta que estava em cima da escrivaninha. — Preciso ir, daqui a pouco o Yoon coloca um ovo de avestruz pelo suvaco. Tchau Jeon!

Acenei e o vi sair pela porta. O que me restou o dia todo foi esperar a noite chegar. Estava mais nervoso do que imaginei que estaria.

•Narrador•

A garota continuava aflita e sem celular. Pensou durante dois dias, chegou até ir a comércios próximos a praça para tentar ver se havia câmeras e, por incrível que pareça, ela conseguiu. Porém nas filmagens o jovem rapaz estava todo encapuzado, fazendo com que as chances de achar o próprio celular fossem nulas.

Ela rezou algumas vezes para ver se adiantava, mas nada aconteceu. Ela esperava por isso, já que tinha desistido de acreditar em que no mundo havia realmente um ser de luz, magnífico que pudesse estar ali por ela.

Sua vida sempre foi cheia de traumas e coisas ruins, como se uma onda de azar tivesse sido jogada nela assim que nasceu. Ela um dia ouviu dizer que na vida temos uma quantidade certa de coisas boa e ruins que nos acontece, se ela já teve azar demais a sorte dela viria a qualquer momento, mas a mesma deixou de acreditar novamente e tal frase. Para ela isso tudo eram apenas falácias que as pessoas acreditavam para poder viver se escondendo atrás de algo ou alguém.

Mesmo sem celular a garota não deixou sua vida parar, iria em uma entrevista de emprego e no dia seguinte iria de mudar para um apartamento ali perto.
Sem se esquecer da faculdade ela começou a pesquisar cursos para finalmente poder usar a sua bolsa.

Se pegou várias vezes pensando que deveria de um jeito e se vingar de Carolina, se conseguiu fazer uma perfuração em Jorge conseguiria fazer qualquer coisa com ela. Toda vez que se pegava pensando nisso, descartava a ideia de imediato, ela não era assim, não uma pessoa maldosa, se vingar de Carol traria mais problemas para ela do que para a garota de cabelos longos.

A noite havia finalmente chego e a garota ansiosa para com que rumo sua vida tomaria a partir do dia seguinte, pediu pizza e colocou seu pijama de frio, porém uma leve acidente com o refrigerante fez com que a mesma viesse a trocar de pijama e acabara colocando um de calor mesmo.

Já deitada e pronta para dormir a garota escuta batidas na porta, levantando uma súbita curiosidade na moça. Preguiçosa, mas atenta a menina de cabelos cacheados levou seu pequeno corpo até a porta e a abriu devagar.