Meu foda-se pra você tem o mesmo tamanho

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Hansol se sentiu o mais interesseiro do mundo ao observar o sorrisinho agradecido de Moonbyul. Ele havia oferecido ajuda com uma falsa gentileza, mas era por uma boa causa. Não via Seungkwan há uma semana, boatos de que o rapaz com cara de relógio havia implantado um anti Choi Hansol. Um cara mal encarado, o cão de guarda da quebrada, que fica na porta da farmácia, o impedindo de perambular por lá, salvo se fosse comprar algum medicamento ou qualquer outro produto.

A gripe dele já havia passado, sua saúde de ferro estava de volta, e ele já não precisava mais de remédios. Não tinha dinheiro para comprar uma balinha sequer e, por mais que estivesse disposto a comprar medicação que não usaria por um bom tempo, realmente não podia se dar ao luxo de sair comprando coisas desnecessárias, nem mesmo se isso significasse poder ver Seungkwan. Uma tragédia.

Tentou dar um jeitinho enquanto não surgia nenhuma brecha, chegando até a dar uma passada "despretensiosa" em frente ao lugar. Como imaginado, nem isso aliviou a necessidade que sentia em ficar bem pertinho do outro. Sentia até mesmo falta das patadas que Seungkwan dava. Caros mortais, isso se chama crise de abstinência e a de Choi Hansol não estava para brincadeira.

E então, surge Moonbyul. Hansol quase a beijou quando ela apareceu, timidamente, no apartamento dele, procurando por Jeonghan. Só não o fez porque, né, ele não curte esse lado da força e a noona já é comprometida. Ela poderia ter ido até a casa de Jeonghan, mas, graças a Deus, o rapaz só fica enfurnado lá, parece até que não tem onde morar - a naja vive em um palácio com os pais.

A noona precisava de um acompanhante para ir até a farmácia e ele precisava de uma desculpa para ver Seungkwan. Unindo o útil ao agradável, Hansol se ofereceu a acompanhá-la. Não negaria ajuda se fosse para ir a outro lugar, desde que não exigisse um esforço hercúleo, mas ficou realmente agradecido por ela, desconhecidamente, o ajudar a matar dois coelhos numa cajadada só. Uma anjinha que havia caído do céu com assuntos pessoais misteriosos a serem resolvidos, e com um propósito desconhecido por si mesmo.

- Espere, Hansol-ah - pede, acanhada e com o rosto um pouco corado, quando já estão na porta do lugar. O garoto se sentia a um passo do paraíso. - Você se importaria de entrar sozinho?

- Não - dá de ombros. Era até bom, assim ela não perceberia o bom samaritano de Taubaté que ele era. - Só me diga do que precisa.

- Eu quero uma caixinha de Clearblue. Ela é branca com duas tiras, uma rosa e a outra azul - explica, aos sussurros, o lançando um olhar significativo que ele, mesmo sem fazer ideia do porque, retribui como se houvesse lido as entrelinhas.

Quando pode, vira se preparando para a batalha, quase não estava acreditando que reveria o amor de sua vida, e caminha lentamente pelo corredor, com leves passos felinos, quase se escorando nas prateleiras, mas, isso antes de lançar um olhar carrancudo para o segurança. Sabia que o rapaz estava apenas fazendo o trabalho dele, mas, o que custa ajudar um irmão, mesmo que fosse um desconhecido? Isso mesmo, nada, mas, tudo bem porque nessa balada agora ele era vip.

Se sentiu muito agradecido por não ter invadido o local há semanas, dando uma de Rambo, ou então, teria sido banido dali com grandes chances de rolar processinho. Que vida dura! Não podia nem agir por impulso, por causa disso e porque estava mesmo apaixonado e não queria perder Seungkwan por um passo totalmente em falso. Pois é, a vida sempre nos surpreendendo. Ou nem tanto.

Começou com um crush relâmpago, sem expectativas, e bum, Hansol se pegou pensando mais em Seungkwan do que em sua própria vida. A coisa ficou séria mesmo, ele até sorria feito um bobão quando alguém citava o nome de Seungkwan e, toda vez que passava por ali "por nada", sentia aquela maldita sensação estranha na barriga. Algo de outro mundo, tão de repente que Jihoon, aquele insensível, disse que era fome.

gato, você é farmacêutico? | seungkwan + hansolOnde histórias criam vida. Descubra agora